Formulações nanotecnologicas contendo ácido ferúlico: modelagem in silico, desenvolvimento e avaliação biológica
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Date
2024-01-31Primeiro coorientador
Schaffazick, Sheila Rezende
Primeiro membro da banca
Adams, Andréa Inês Horn
Segundo membro da banca
Ferreira, Luana Mota
Terceiro membro da banca
Librelotto, Daniele Rubert Nogueira
Quarto membro da banca
Beck, Ruy
Metadata
Show full item recordAbstract
Moléculas naturais, como o ácido ferúlico (AF), estão sendo cada vez mais investigadas
devido às suas propriedades, tais como antioxidante, neuroprotetora, anti-inflamatória,
fotoprotetora, hepatoprotetora, antimicrobiana, antiviral e anticarcinogênica. No entanto,
o potencial farmacêutico do AF é desafiado por sua baixa solubilidade, biodisponibilidade
oral limitada e susceptibilidade à oxidação, o que dificulta sua aplicação clínica. Para
superar esses desafios, a nanotecnologia mostra-se promissora, visando a associação
do AF a nanocarreadores. Neste estudo, formas farmacêuticas nanotecnológicas foram
desenvolvidas tanto para administração oral (formas sólidas) quanto tópica (formas
semissólidas) para a veiculação do AF. Assim, foram desenvolvidos géis com diferentes
agentes espessantes, a partir de uma nanoemulsão de AF desenvolvida por simulação
de dinâmica molecular clássica. Além disso, foram produzidos e caracterizados pós,
grânulos e tabletes a partir de nanocápsulas de AF (0,5 mg/mL) otimizadas por nosso
grupo de pesquisa. As nanoemulsões contendo 1,5 mg/mL de AF e triglicerídeos de
cadeia média, como núcleo oleoso, demonstraram os melhores resultados em termos de
caracterização e estabilidade, apresentando efeito antioxidante e liberação controlada.
Por sua vez, as nanocápsulas apresentaram estabilidade por 30 dias e melhoraram os
sintomas motores em ratos com parkinsonismo, induzido por haloperidol. Ambos os
nanocarreadores exibiram efeito fotoprotetor, demonstrando cinética de reação de
segunda ordem e meia-vida superior à solução de AF. As preparações sólidas,
especialmente os liofilizados, mantiveram a estabilidade físico-química por 12 meses,
enquanto os géis mostraram estabilidade por 3 meses, destacando a viabilidade dessas
formas farmacêuticas inovadoras. Esses resultados são promissores e indicam
estratégias tecnológicas viáveis para a aplicação terapêutica do AF. A continuidade dos
estudos pré-clínicos para essas formas farmacêuticas é crucial, considerando seu
potencial futuro como terapia adjuvante ou preventiva em diversas doenças associadas
à inflamação, oxidação, neurodegeneração e envelhecimento.
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