Mecanismos envolvidos na indução de dor de cabeça após o estresse: uma revisão sistemática de estudos clínicos e avaliação de modelo animal
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Data
2024-02-29Primeiro membro da banca
Oliveira, Mauro Schneider
Segundo membro da banca
Fachinetto, Roselei
Terceiro membro da banca
Zanchet, Eliane Maria
Quarto membro da banca
Zambelli, Vanessa Olzon
Quinto membro da banca
Chichorro, Juliana Geremias
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As cefaleias primárias, incluindo cefaleia do tipo tensional (CTT) e enxaqueca, compreendem os distúrbios neurológicos mais prevalentes globalmente. Embora a CTT seja mais prevalente, a enxaqueca é mais debilitante e afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes acometidos. Ambas as doenças são mais prevalentes em mulheres. Apesar disso, essas dores de cabeça geralmente são tratadas de forma inadequada, e a maioria dos pacientes são refratários aos tratamentos, em parte devido aos desafios na identificação dos mecanismos fisiopatológicos subjacentes. Além disso, o estresse fator comum para desencadeamento das crises de CTT e enxaqueca. Contudo, ainda não havia estudos de revisão sistemática que interligasse o estresse, CTT e enxaqueca. Assim, o primeiro estudo destaca a associação entre estresse mental/cognitivo e estresse diário percebido com aumento na percepção da dor, desenvolvimento de dor de cabeça e intensidade transitória da dor em pacientes com enxaqueca e CTT. Ademais, não havia modelos pré-clínicos que mimetizassem a enxaqueca desencadeada pelo estresse. Assim, aqui foi demonstrado primeiramente que o estresse sonoro imprevisível induz comportamentos e parâmetros inflamatórios semelhantes à enxaqueca, com diferença sexual. Subsequentemente, investigou-se o papel do receptor TRPA1 enxaqueca induzida por estresse sonoro. Demonstrou-se que o estresse causa nocicepção e inflamação neurogênica, com implicações na regulação redox e fatores antioxidantes, evidenciando a influência sexual. A partir de ferramentas farmacológicas e gênicas, verificou-se que o TRPA1 desempenha um papel crucial na inflamação e estresse oxidativo associados à enxaqueca, apontando esse receptor como um potencial alvo terapêutico para enxaqueca. Em conjunto, esses estudos oferecem um panorama abrangente sobre as complexas interações entre estresse, inflamação neurogênica, CTT e enxaqueca, indicando possíveis direções para futuras investigações e desenvolvimento de terapias.
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