Sistema estomatognático, postura e qualidade de vida de docentes na pandemia de Covid-19
Fecha
2023-06-19Primeiro membro da banca
Mezzomo, Carolina Lisbôa
Segundo membro da banca
Geremia, Jeam Marcel
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Introdução: A postura corporal é a posição do corpo em que a coluna vertebral fica de forma ereta contra a gravidade, respeitando as curvas fisiológicas. Os desvios posturais são alterações na coluna que provocam a acentuação de curvas na região. Eles contribuem para que os discos vertebrais fiquem comprimidos, o que é causado por uma postura inadequada. Essas modificações e lesões na região craniana ou cervical podem gerar alterações no sistema estomatognático por conta da sinergia muscular dessas regiões. As modificações mais evidentes do sistema estomatognático são a perda de força e a diminuição do tônus muscular que interferem na realização das suas funções, deixando evidentes as inter-relações da saúde bucal com a mastigação e a deglutição, alterações que influenciam diretamente na qualidade de vida. O cotidiano dos trabalhadores e seus ambientes laborais tiveram alterações graças à pandemia de COVID-19. Mudanças como o teletrabalho geraram maior desgaste emocional e físico, em consequência de maiores cargas horárias e período frente às telas. Com essa modificação, muitos profissionais como os docentes universitários tiveram que adequar as salas de aulas em sua própria casa e ministrar aulas por meio de suportes online. Sendo assim, um possível prejuízo na saúde dessa população pode estar associado com as condições da qualidade de vida geral, incluindo o sistema estomatognático, a postura corporal e a saúde mental. Objetivo: Avaliar a função mastigatória, a atividade mioelétrica cervical e mastigatória, a postura corporal, bem como a qualidade de vida em docentes do ensino superior durante a pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo de campo, prospectivo, quantitativo, transversal e analítico, realizado no Laboratório de Motricidade Orofacial (LABMO) na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Após contato inicial por meio de convites digitais durante a pandemia, os voluntários responderam um questionário online com dados sobre critérios de elegibilidade e, posteriormente, foram avaliados presencialmente quanto aos aspectos clínicos do sistema estomatognático, à postura corporal, à atividade elétrica da musculatura cervical e mastigatória e à qualidade de vida. Foram abordadas como variáveis independentes: sexo, faixa etária e realização atividade física. Como variáveis dependentes foram adotadas, entre outras: padrão mastigatório, atividade elétrica normalizada de trapézio descendente direito, trapézio descendente esquerdo, esternocleidomastóideo direito, esternocleidomastóideo esquerdo, masseter direito, masseter esquerdo, temporal direito e temporal esquerdo; postura cervical, posição de cabeça e posição relativa da coluna cervical alta, bem como escores de qualidade de vida. Os dados foram analisados estatisticamente, considerando-se nível de significância de 5%, por meio do software Statistica 9.0. Resultados: A amostra ficou constituída por 21 professores do ensino superior, seis homens e 15 mulheres, com faixa etária entre 26 e 62 anos (média de idade de 38,47 anos). Entre os homens, a média de idade foi 33,83 anos e entre as mulheres foi de 40,27 anos. Quanto à função mastigatória, os achados foram significativos para o sexo feminino; foi possível verificar que o padrão mastigatório bilateral alternado foi maior nos docentes acima de 44 anos; na atividade mioelétrica da musculatura cervical, obteve-se maior relevância conforme o sexo masculino; na musculatura mastigatória, os achados conforme a postura cervical, o alinhamento horizontal da cabeça foi mais expressivo para o sexo feminino com a idade inferior a 44 anos; a angulação conforme o alinhamento vertical da cabeça foi superior para o sexo masculino e nos docentes com o nível de atividade física maior; os escores de qualidade de vida foram pertinentes para a capacidade funcional no sexo feminino e os aspectos sociais em docentes com idade inferior a 44 anos. Conclusão: Os docentes universitários obtiveram prejuízo em sua função mastigatória, capacidade mioelétrica da musculatura cervical e mastigatória, postura cervical e qualidade de vida no período da pandemia do COVID-19.
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