Melhoria da precisão nas estimativas de produção em culturas olerícolas relacionado ao número de plantas e colheitas
Abstract
A variabilidade produtiva em cultivos olerícolas afeta o planejamento e a qualidade de experimentos, inflacionando o erro experimental, e levando a conclusões errôneas, com baixa precisão experimental e confiabilidade. Os objetivos deste estudo foram dimensionar o número de plantas e colheitas necessárias para que haja melhoria da precisão nas estimativas de produção em culturas olerícolas, testar a geoestatística como ferramenta de modelagem e verificar a dependência espacial entre a produção de frutos dos cultivos olerícolas. A partir dos dados de produção de experimentos em branco, realizados em cultivo protegido com as culturas de abobrinha italiana, pimentão e feijão-vagem, no Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, foi aplicado o modelo de superfície de resposta, com variável dependente o coeficiente de variação e, independentes, o tamanho de parcela e o número de colheitas. Foram realizados semivariogramas dos dados de produção transformados em indicadores tendo a média como ponto de corte, em diferentes simulações de tamanhos de parcela e agrupamentos de colheita, sendo ajustado os modelos teóricos esférico, exponencial e gaussiano. Para a abobrinha italiana a melhor combinação entre o tamanho de parcela e o número de colheitas, é de sete unidades básicas e metade do ciclo produtivo, em ambas estações de cultivo. Para o pimentão, com o uso de 23 unidades básicas por parcela e 3 colheitas agrupadas, independente da estação sazonal de cultivo, obtém-se maior precisão experimental. Para o feijão-de-vagem os menores coeficientes de variação são em parcelas com 12 unidades básicas (24 plantas), para os cultivos realizados em estufa e campo e de 14 unidades básicas para os cultivos em túnel, na estação sazonal outono-inverno. Na estação sazonal primavera-verão o tamanho de parcela foi de 15 unidades básicas para os cultivos a túnel e a campo. Em ambas estações sazonais o melhor agrupamento de colheita foi a utilização do total. Os modelos teóricos de semivariograma esférico, exponencial e gaussiano estimados apresentam fraca dependência espacial. A média da massa fresca de frutos possui distribuição aleatória dentro dos ambientes de cultivo não sofrendo influência do tamanho de parcela ou do número de colheitas realizadas.