O espaço-tempo da educação infantil e a relação com a natureza
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Date
2024-07-26Primeiro coorientador
Mattos, Renan Santos
Primeiro membro da banca
Schmidt, Magda
Segundo membro da banca
Werle, Kelly
Metadata
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Esta dissertação se localiza na linha de pesquisa: Políticas públicas, práticas
educativas e suas interfaces, do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal de Santa Maria. Integra a pesquisa: Infâncias, Culturas e
Práticas Educativas em Contextos de Educação Infantil, coordenada pela Professora
Dra. Sueli Salva. Institui-se como problema de pesquisa: quais as possibilidades de
experiências com o ambiente externo vivenciados pelas crianças de uma escola de
Educação Infantil pública do município de Santa Maria/RS? Como objetivo geral,
tensionou-se compreender, a partir de práticas educativas realizadas em uma escola
de Educação Infantil, em que tempos e espaços as crianças vivenciam experiências
de contato com a natureza que possam configurar como processo de biofilia e
desemparedamento da infância. Como objetivos específicos, pretendeu-se: entender
se há mudanças nos modos de interação entre as crianças nos diferentes espaços
da escola; acompanhar as experiências das crianças nos espaços externos da
Escola Municipal de Educação Infantil e os modos de interação com os ambientes.
Justifica-se, considerando os inúmeros questionamentos relacionados ao déficit de
natureza (LOUV, 2016) e o emparedamento das infâncias, que as crianças da
Educação Infantil são submetidas cotidianamente. Iniciou-se com um período
exploratório da pesquisa, realizado em duas escolas de Educação Infantil públicas
de Santa Maria/RS e elegeu-se uma delas, considerando a necessidade de uma
proximidade de longo tempo com a mesma. A metodologia é de abordagem
qualitativa, de cunho etnográfico na área da educação com crianças, e as
informações foram produzidas a partir de observações das experiências de crianças,
de duas turmas de pré-escola que foram registradas em diário de campo. O
referencial teórico está organizado com base em Edward Wilson (1984, 2002), Léa
Tiriba (2005, 2010, 2018), Richard Louv (2016), Manuel Sarmento (2002, 2003, 2008
e 2013), William Corsaro (2009, 2011), Ana Lúcia Goulart de Faria e Daniela Finco
(2011), Catherine Walsh (2013), Ailton Krenak (2022), entre outros. A análise das
informações produzidas nesta pesquisa ocorreu de forma descritiva e interpretativa à
luz dos referenciais deste trabalho. Ao final, compreende-se que, na referida escola,
houve um movimento de desemparedamento das crianças como forma de educá-las
para a vida.
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