Planejamento para comunidades rurais em situações de enchentes
Fecha
2013-02-26Primeiro orientador
Silveira, Geraldo Lopes da
Metadatos
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Esta tese pesquisou, em uma bacia hidrográfica tipicamente rural, meios de prevenir a falta de mobilidade da população, durante e após ocorrências de enchentes. Os estudos realizados também demonstraram a viabilidade de desenvolver um sistema de apoio à defesa civil, capaz de indicar áreas de segurança a partir de cenários de enchentes, baseados em ocorrências do passado. As enchentes acontecem quando a pluviosidade é extrema e desencadeia graves impactos socioeconômicos e ambientais, potencializados pela falta de planejamento territorial em nível de bacia hidrográfica. As enchentes desenvolvem-se rapidamente no espaço, principalmente em microbacias com nascentes em relevo montanhoso e jusantes em planícies aluviais. Em tais condições, a população rural necessita estar preparada com a maior antecedência possível, pois os danos são agravados por alagamentos nas estradas ou por rompimento de pontes e galerias. O método considerou os trechos de estradas que ficaram submersos, as pontes, os bueiros, as lajes, as pinguelas, bem como aqueles trechos próximos dos arroios, que foram rompidos ou obstruídos pela força da correnteza nas enchentes do passado. Nesses locais a água deixou marcas que foram georreferenciadas e niveladas topograficamente. Isso possibilitou delimitar as áreas de alagamento e correlacioná-las às suas chuvas causadoras, registradas durante os últimos cinquenta anos. Essa aproximação permitiu simular espacialmente os efeitos das chuvas extremas, com intensidades semelhantes àquelas que já causaram prejuízos sobre a rede viária rural e, com isso, espacializar os locais e trechos de estradas que podem ficar submersos. Permitiu também identificar locais estratégicos para monitorar o nível dos cursos de água as pontes. Nesses locais obtiveram-se as cotas de enchentes, ocorridas na última década, que foram aplicadas no ajuste de áreas de inundação simuladas. O sistema integrou aos dados físicos da bacia, a delimitação das áreas alagadas e a série histórica de precipitação e produziu informações estratégicas nas situações de enchentes e inundações em uma bacia piloto, na Região Central do Rio Grande do Sul, confirmando que sua metodologia adequa-se à realidade de bacias rurais.