Uso de adesivo de cianoacrilato para a fixação de botão corneal autógeno ou alógeno conservado em glicerina a 98% na ceratoplastia penetrante em coelhos
Fecha
2007-11-02Autor
Braga, Fabrício de Vargas Arigony 
Primeiro orientador
Pippi, Ney Luis
Primeiro membro da banca
Pigatto, João Antonio Tadeu
Segundo membro da banca
Mazzanti, Alexandre
Terceiro membro da banca
Silva Filho, Antonio de Pádua Ferreira da
Quarto membro da banca
Rossi, Alvaro Garcia
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A procura de alternativas para a fixação dos enxertos utilizados em defeitos corneais é realizada de forma incessante. Os cianoacrilatos são monômeros líquidos que em contato com a umidade polimerizam-se e solidificam-se rapidamente ocasionando a adesão nos tecidos. São utilizados em diversas situações clínicas na oftalmologia humana e veterinária. O presente trabalho teve como objetivo, avaliar o uso de um adesivo a base de n-butil cianoacrilato na fixação e manutenção de botões corneais autógenos e alógenos na ceratoplastia penetrante. Para tanto foram usados 16 coelhos divididos em dois grupos: O grupo I adesivo (GI 8 animais) e grupo II sutura (GII 8 animais). No GI, foi realizada, no olho esquerdo, uma ceratoplastia penetrante de 5 mm utilizando-se córnea alógena conservada em glicerina de 6 mm de diâmetro e fixando-a com 4 pontos isolados simples e adesivo de cianoacrilato sobre as bordas. No olho direito também foi realizada uma ceratoplastia penetrante, porém de 4 mm de diâmetro utilizando-se o botão que foi removido da córnea esquerda (5 mm) com o mesmo método de fixação. No GII procedimentos semelhantes fora realizados, porém, a fixação dos botões constou de 8 pontos isolados simples. Avaliações oftálmicas pós-operatórias (PO) foram realizadas. Aos 0 (antes dos procedimentos) 60 e 90 dias PO foram realizadas a videoceratoscopia computadorizada e a paquimetria ultra-sônica. Ao final do período de avaliação, as córneas foram avaliadas à microscopia eletrônica por varredura. Foi verificada a integração de ambos os transplantes em ambos os grupos. Houve um maior grau de astigmatismo visto nos transplantes autógenos do GI e, neste grupo a densidade endotelial foi menor. À paquimetria, foi verificada a diminuição da espessura conforme aumentavam os tempos. Em todos os animais houve a completa progressão do endotélio corneal sobre o aloimplante. Conclui-se que o adesivo de cianoacrilato pode ser usado como método de fixação de autotransplantes bem como alotransplantes de córnea em coelhos.