A onipresença das competências na formação docente: um estudo no horizonte da reificação e do reconhecimento
Fecha
2013-04-02Autor
Fagundes, André Luiz de Oliveira 
Primeiro orientador
Trevisan, Amarildo Luiz
Primeiro membro da banca
Cenci, Angelo Vitório
Segundo membro da banca
Veiga, Adriana Moreira da Rocha
Terceiro membro da banca
Pereira, Sueli Menezes
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A proposta norteadora central deste trabalho de dissertação se empenha em responder
às seguintes perguntas: Em que sentido a legislação oficial da formação docente (alusiva aos
professores da escola básica) baseada na concepção de competências conflui para a
manifestação de processos de reificação, na medida em que suas proposições fundamentais
giram centralmente em torno do saber-fazer (Savoir-faire), deixando de lado outros aspectos
fundamentais da formação humana, numa busca indiscriminada pela prática? Como pode ser
pensado um redirecionamento na perspectiva do reconhecimento intersubjetivo? Desse modo,
o trabalho em questão situa-se na perspectiva da Filosofia da Educação, tendo como
referencial teórico o contributo dos estudos sobre reificação e reconhecimento social, de Axel
Honneth, considerado membro da chamada terceira geração da Escola de Frankfurt. O escopo
geral da pesquisa é realizar uma análise das implicações filosóficas de fundo referente ao teor
político e epistemológico das últimas reformas no campo educacional, especialmente sobre o
que tem sido proposto à formação inicial de professores da educação básica. Em termos mais
específicos, nossos objetivos são: a) realizar uma análise crítica, baseada na categoria da
reificação, do postulado das competências dirigido ao campo educacional pela legislação; b)
elucidar as relações existentes entre reivindicação da prática na formação docente e as
possíveis manifestações da reificação no processo educativo; c) avaliar a pertinência do
legado da categoria da reificação para a compreensão do problema da formação do professor
da educação básica; d) estudar as possibilidades de apresentar proposições para a formação
docente inspirada na ideia do reconhecimento do outro, contrapostas a situações reificantes e
experiências de não reconhecimento. Para tanto, seguimos como orientação metodológica o
giro hermenêutico da teoria crítica .