Educação estética e razão comunicativa: um outro da razão ou uma outra racionalidade?
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2007-04-12Metadatos
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O trabalho consiste numa análise bibliográfica e fílmica, que visa um exercício de hermenêutica reconstrutiva das Cartas para uma Educação Estética do Ser Humano, de Schiller, em sua conexão com a racionalidade comunicativa de Habermas. A conexão se processa, pois no seu Discurso Filosófico da Modernidade Habermas dedica uma passagem à análise das Cartas de Schiller. Os fenômenos prevalentemente analisados, além de contemplar uma explanação da Bildung, são enfocados também pelo viés das relações de proximidade
entre a racionalidade estética e a racionalidade ética. Nesse sentido, buscamos retirar a estética e a arte do confinamento de ser tradicionamente consideradas um território do outro
da razão teórica, passando a compor com os elementos sensíveis e com a eticidade um outro horizonte teórico . Assim, a via para a compreensão do outro envolve, mais do que uma abertura à alteridade dentro da racionalidade tradicional, uma abertura a uma outra racionalidade. E isso não apenas para que se mantenha a compreensão da tradição, mas também para que se dê conta de problemas em que a própria tradição não conseguiu avançar. Essa outra racionalidade que aqui buscamos tematizar é a questão estética em seu nexo de articulação com o problema ético, numa abordagem que ganha força dentro do ambiente
filosófico contemporâneo. Para isso lançamos mão de um suporte empírico, o filme Sociedade dos poetas mortos, interpretando-o como uma metáfora educacional onde os problemas da rigidez da tradição são postos em contraste com as mudanças geradas pela aproximação dos elementos da experiência estética. Por fim, com a intenção de abertura ao debate, coloca-se a questão da força formadora em nossa época.