Desempenho da soja cultivada em solo hidromórfico e não hidromórfico com e sem irrigação suplementar
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2016-02-19Metadatos
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A soja (Glycinemax (L.) Merril) é a principal leguminosa cultivada no mundo. O Rio Grande do Sul é um importante produtor nacional do grão e no estado vem ocorrendo a expansão da cultura para áreas de terras baixas com solos hidromórficos em que são tradicionalmente utilizadas no cultivo do arroz irrigado. Nessas áreas o déficit e excesso hídrico são mais comuns em função de características físicas do solo. O objetivo nesta dissertação é caracterizar o crescimento e o desenvolvimento e quantificar as trocas gasosas a nível foliar e a produtividade de grãos em duas cultivares de soja com tipo de crescimento determinado e indeterminado em solo não hidromórfico e em solo hidromórfico, com e sem irrigação suplementar. No ano agrícola de 2014/2015 foram conduzidos experimentos em Santa Maria, RS, e em Cachoeirinha, RS, com duas cultivares de soja, com tipo de crescimento determinado (Nidera NA 6411 RG) e indeterminado (TEC IRGA 6070 RR). Em Santa Maria o experimento foi conduzido com e sem irrigação suplementar. A irrigação foi realizada por gotejamento e calculada com base no balanço hídrico do solo. Em Cachoeirinha o experimento foi conduzido em área sistematizada para o cultivo de arroz irrigado, a irrigação foi realizada por meio de banhos de acordo com as tensões de água no solo e fase do desenvolvimento da cultura. Foram realizadas avaliações de desenvolvimento, crescimento, componentes de rendimento, trocas gasosas e de matéria seca. A capacidade de água disponível para a cultura em áreas de rotação com arroz irrigado é limitada principalmente pela camada compactada próxima a superfície do solo. A principal diferença no desenvolvimento que possibilita a maior estabilidade produtiva de cultivares de soja com tipo de crescimento indeterminado é o maior período de floração. Pequenos estresses hídricos, por déficit ou excesso, que comumente ocorrem em áreas de soja cultivada em solo hidromórfico não afetaram o particionamento de matéria seca mas afetaram as trocas gasosas e IAF. Essas reduções nas trocas gasosas não afetaram a produção de grãos, mas ativam os mecanismos de defesa da planta, como a redução da condutância estomática, taxa fotossintética e evolução da área foliar.