Caracterização e modelagem do crescimento da copa e do incremento de árvores isoladas de Cedrela fissillis Vell.
Fecha
2013-03-01Metadatos
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Na avaliação do crescimento de árvores isoladas foram selecionadas 57 amostras, das quais se
mensurou variáveis morfométricas em fotos digitalizadas no software AutoCAD e dendrométricas a
partir de rolos de incremento coletados na altura do DAP. O desenvolvimento desta pesquisa teve
como objetivo descrever as dimensões individuais e reconstituir o crescimento da copa e fuste de
árvores isoladas de Cedrela fissilis, avaliado de 2007 a 2011, e construir equações matemáticas para
descrever o crescimento da variável diâmetro da copa (DC), manto de copa (MC), diâmetro da copa
em alturas relativas (DChi) e incremento periódico anual em área basal (IPAg). Nos alongamento
anuais (ALG) foram verificados valores mínimo, máximo e médio anual de 3,0, 91,0 e 32,4 cm,
respectivamente. Assim como correlações em série, determinada por r = 0,76 a 0,86 (Pr<.0001), tendo
sido observados maiores alongamentos nas menores ordens de ramificação. Nos alongamentos
periódicos (ALGP), correspondente ao período 2007-2011, verificaram-se valores médios de até 1,82
m, observado na classe diamétrica 30-40 cm, com coeficiente de variação (CV) máximo de 67,67%,
verificado na classe > 60 cm. Para a construção dos modelos de crescimento foram selecionadas 35
árvores de acordo com sua condição de copa e fuste, sendo descartada a classe diamétrica > 60 cm
devido a pouca amostragem. Para o manto de copa o modelo LNMC = b0+b1*(1/DAP)+b2*(DAP²)
apresentou bom ajuste (R²aj.= 0,92 e CV = 6,12%). A equação da variável alongamento anual da copa,
ALG=b0+b1*(LNICA)+b2*(DAP), apresentou o ajuste comprometido pelo alto erro percentual (R²aj.
= 0,50; CV = 35,95%), descrevendo até 50% da variância total. Com precisão semelhante à ALG, o
modelo ajustado para a variável crescimento da copa em diâmetro, CCD=b0+b1*(LNICA), apresentou
altas taxas de erro percentual, com precisão estatística definida por CV = 36,25%; R²aj. = 0,44. Para o
modelo DChi o ajuste foi descrito por R²aj.=0,58 e CV=52,41%, tendo sido definido o modelo
LNDChi=b0+b1*(LNDAP)+b2*(1/hi²)+b3*(DAP²), tendo o mesmo não apresentado distribuição
normal e heterogeneidade na variância dos resíduos. O ajuste da equação apara o IPAg apresentou boa
precisão estatística (R²aj.=0,66; CV=11%), descrevendo até 66% da variância total a partir do modelo
LNIPAg=b0+b1*(DAP)+b2*(h/d). Na avaliação descritiva dos incrementos observaram-se elevadas
taxas de incremento periódico anual em diâmetro (IPAd) e IPAg nas classes diamétricas 25, 35 e 45
cm. Os valores de IPAd médio, mínimo e máximo foram de 3,6 cm, 0,7 e 7,3 cm, respectivamente.
Nas classes 35 e 45 cm verificou-se taxa de IPAg média de 95,6 e 75,5 cm², respectivamente. Em
todas as classes de diâmetro foram encontradas taxas de incremento corrente anual em diâmetro
(ICAd) superior a 2,5 cm. As análises do crescimento da copa de árvore isoladas demonstraram que o
crescimento rítmico da mesma e sua correlação com os incrementos do fuste possibilitam a construção
de modelos de crescimento com boa eficiência estatística, porém, devendo se aperfeiçoar a
estratificação fazendo uso de informações que descrevam as condições dos sítios. A metodologia de
avaliação a partir de fotos digitalizadas também apresentou boa precisão e praticidade, podendo ser
amplamente utilizada na avaliação de árvores singulares ou isoladas.