Representação e conhecimento nas meditações de Descartes
Date
2009-10-02Metadata
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Esta dissertação apresenta a fundamentação da representação e do conhecimento, a partir da obra Meditações, de René Descartes, com o intuito de discutir o seu projeto de reconstruir a ciência, a partir da crítica das opiniões que fundamentavam a ciência de seu tempo. A abordagem do tema se dá a partir da análise das seis
meditações, iniciando pela dúvida acerca das opiniões e do conhecimento sensível de um modo geral, bem como do próprio sujeito do conhecimento, de modo particular. São analisados os meios que levam à primeira certeza, a do sujeito
pensante, que tem consciência da sua própria existência e cuja síntese se manifesta na expressão: eu sou, eu existo , a qual serve de ponto de apoio para as demais constatações, como a da existência de um deus e de sua veracidade, do problema da representação, ou do caráter representativo das idéias, da sua realidade objetiva, e dos princípios de causalidade e de correspondência. Destacamos também, a
importância das afirmações sobre a capacidade de ajuizar, o que implica na possibilidade do erro quando um juízo é enunciado sem a devida constatação de sua clareza e evidência, pois os atos de pensar, querer, desejar, são sempre
verdadeiros, mas os juízos deles decorrentes podem levar ao erro, caso o seu fundamento não obedeça aos critérios da clareza e da evidência.