Segregação residencial por índices de dissimilaridade, isolamento e exposição, com indicador renda, no espaço urbano de Santa Maria - RS, por geotecnologias
Date
2012-12-14Metadata
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As transformações socioeconômicas ocorridas nos anos 1990 no Brasil tiveram como consequência a redefinição de um novo padrão espacial nas cidades brasileiras. Esse novo padrão fragmentado aproxima fisicamente diferentes grupos sociais, porém os mantém distantes socialmente. A segregação residencial, a separação entre famílias pertencentes a distintos grupos sociais, pode ser analisada a partir do grau de agrupamento, exposição e isolamento espacial de um grupo social em determinados locais do espaço urbano. Neste sentido, medidas de segregação são ferramentas úteis para a análise de padrões, causas e consequências deste fenômeno. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar e analisar o padrão de segregação residencial vigente no Espaço Urbano de Santa Maria RS, no ano de 2010. No cumprimento deste objetivo, o estudo se ampara nos referenciais: teórico, ao enfatizar as temáticas que envolvem a segregação residencial, sua mensuração e as geotecnologias; metodológico-filosófico, pelo determinado Analítico e Hipotético-Dedutivo; e técnico, determinado pelo uso das geotecnologias e técnicas quantitativas. A partir dos pressupostos levantados e das considerações formuladas foi possível conhecer a realidade do Espaço Urbano de Santa Maria, RS, no que diz respeito à segregação residencial, verificando que apesar de este processo se concentrar em algumas regiões e setores, há proximidade física (integração) das classes sociais, sem que isto se traduza em proximidade social (interação). E que nas áreas onde há maior integração, a mesma ocorre com indivíduos de classes sociais semelhantes. Neste sentido, a metodologia aplicada por técnicas matemáticas e de geoprocessamento mostrou-se eficiente na identificação das áreas segregadas e dos grupos econômicos que a compõem.