Rodas de informações e reflexões sobre os altos índices de mortalidade por câncer de mama: socializando resultados de pesquisa com trabalhadores
Fecha
2013-02-07Autor
Cavalheiro, Patrícia Bernardes
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O câncer de mama é o tipo mais freqüente de neoplasia que acomete a população feminina mundial e brasileira. A Região Sul, em especial o Rio Grande do Sul, exibe estatísticas alarmantes na mortalidade por câncer de mama, inclusive entre os municípios da região centro-oeste, cenário deste estudo. As estratégias adotadas para o controle dessa neoplasia são: prevenção (diminuir os fatores de risco relacionados ao câncer de mama), detecção precoce (identificar o câncer o mais cedo possível), tratamento do câncer, reabilitação e cuidados paliativos. Porém, tais estratégias enfrentam problemas que afetam desde os mecanismos de formulação de políticas, até a mobilização da sociedade, incluindo a organização e o
desenvolvimento das ações e serviços. Tal situação representa um desafio para o sistema de saúde no sentido de garantir-se o acesso pleno e equilibrado da população ao diagnóstico e tratamento dessa doença. Durante o nosso processo de formação, atuando em um serviço de alta complexidade em oncologia, o qual é referência para o tratamento desta doença na região, percebemos a necessidade de refletirmos em "rodas de conversa" junto aos gestores e trabalhadores de saúde dos municípios de uma Coordenadoria Regional de Saúde do interior do Estado. O objetivo foi promover discussões e reflexões acerca da seguinte questão-problema,
a qual subsidiou o nosso estudo: Qual a relação entre o modo como os gestores e trabalhadores de saúde percebem o cenário do câncer de mama na sua região e o modo de enfrentamento dessa problemática? Tal vivência permitiu um aprofundamento da análise da problemática e uma melhor compreensão sobre a complexidade de situações acerca dos altos índices de mortalidade por câncer de mama. Porém, essa técnica de devolução de dados à luz da reflexão teórica
demonstrou que a exposição dos preceitos de políticas de saúde não é suficiente
para impactar na internalização de novas idéias, valores e posições de sujeitos. Faz-se
necessária a realização de uma educação permanente no cotidiano dos processos de trabalho.