Agroecologia e distributismo – análise de sistemas de base ecológica na região central do Rio Grande do Sul
Resumo
Em meio a crises ambientais e sociais, vemos uma singela proposta de mudança. Como disciplina, remodelando a forma de produzir e comercializar, preservando recursos naturais e buscando a justiça e equidade entre as pessoas, a Agroecologia tenta se consolidar como paradigma científico e social. Apesar dos esforços e resultados, o objetivo parece longe de ser alcançado. A dificuldade de popularização da Agroecologia evidencia resultados da trajetória do paradigma iluminista e antropocêntrico, de enrijecimento científico e desenvolvimento ilimitado. O mesmo paradigma influenciou os sistemas políticos atuais, capitalismo e socialismo, com suas variações. Ambos foram geradores de desequilíbrios na liberdade, equidade e proteção ambiental e são incapazes de dar condições à Agroecologia. Assim sendo, busca-se trazer à tona um sistema político e econômico deixado para trás, no correr da história: o Distributismo. Primando por ideais diferenciados, tem o poder de gerar o ambiente ideal para a Agroecologia. Para apresentar as principais características de ambos, mostrando que, não apenas são próximos, mas complementares, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de pressupostos, seguida de observações práticas, na região central do RS, Brasil, com profissionais de áreas rurais. Além de visitas e observações, foram conduzidas entrevistas com seis produtores em fase de transição agroecológica, cinco extensionistas rurais da Emater RS e cinco professores da UFSM, nas quais responderam a perguntas sobre o meio rural, sustentabilidade, Agroecologia, motivações, vantagens e limitantes de aplicações de sistemas de base ecológica, entre outras. As análises e conclusões mostram a proximidade e necessidade da coexistência entre o Distributismo e a Agroecologia.
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