Análise de sobrevida de crianças com até um ano nascidas no Rio Grande do Sul - Brasil
Resumo
O presente trabalho visou analisar os fatores de risco para a mortalidade infantil nos nascidos no ano de 2012 no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Com características metodológicas de estudos longitudinais, acompanhou-se as informações das crianças nascidas vivas no ano de 2012, por meio das informações disponibilizadas nos bancos de dados dos Sistemas de Mortalidade (SIM) e de Nascidos Vivos (SINASC). A análise estatística foi organizada a partir da aplicação de técnicas de análise de sobrevida, aplicando os testes de Kaplan-Meier, Log-rank e o modelo de regressão de Cox para determinação dos coeficientes de risco proporcional das variáveis. Os maiores riscos relativos brutos foram encontrados na variável peso (na categoria até 1.499 g RR: 105,37 e p-valor <0,01) e Apgar do 5º minuto (categoria de valores menores que 7 RR: 57,66 e p-valor >0,01) no modelo ajustado as variáveis Peso (categoria de 500g à 1499g RR: 13,8; p-valor < 0,01), semanas de gestação (menos de 37 semanas RR: 1,58; p-valor < 0,01), anomalia (RR: 9,08 e p-valor < 0,01) apresentaram maiores riscos, já a ocupação da mãe (trabalhar fora RR: 0,87 e p-valor < 0,01) apresentou-se como fator protetivo. Os altos riscos encontrados para algumas variáveis apontam as carências de ações governamentais. Apesar de não haver muita possibilidade de atuação direta em variáveis como o Apgar, os resultados de variáveis como o peso, o tempo de gestação e o tamanho em relação a idade gestacional podem ser relacionadas com a disponibilidade e a qualidade dos sistemas de atendimento.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: