Mastocitose sistêmica em um cão: relato de caso
Resumo
O mastocitoma é considerado uma das neoplasias cutâneas mais frequentes em cães, com predisposição por algumas raças como Boxer, Pug, Labrador e Weimaraner, mas tem sido diagnosticado em cães de qualquer raça ou sem raça definida, não tendo predileção sexual e ocorrendo mais em cães de meia idade. O mastocitoma pode ser localizado ou disseminado (mastocitose sistêmica), acometendo principalmente o baço, fígado, intestino e medula óssea. Esta neoplasia é composta por mastócitos, que são células redondas com variado número de grânulos metacromáticos em seu citoplasma. A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) é considerada na maioria dos casos definitiva para morfologia celular, sendo necessária a avaliação histopatológica para graduação tumoral. Na realização do hemograma, podem estar presente eosinofilia, mastocitemia, neutrofilia e/ou anemia. Outros exames complementares podem ser realizados, como radiografia, ultrassonografia, perfis bioquímicos, análise de líquidos cavitários, quando este estiver presente, e biópsias. O presente estudo tem como objetivo relatar o caso de um canino com mastocitoma cutâneo associado a mastocitemia e posterior achado de mastocitose sistêmica. O animal apresentava um nódulo na região do esterno e havia presença de líquido torácico. Na PAAF do nódulo foi diagnosticado mastocitoma e na análise citológica do líquido havia mastócitos. Em adição, no esfregaço sanguíneo estavam presentes mastócitos, indicando mastocitemia, e na avaliação histopatológica, presença de mastocitose sistêmica. A partir da avaliação do caso clínico estudado, é possível concluir que é imprescindível a realização dos exames complementares disponíveis como auxílio no diagnóstico do mastocitoma e de suas possíveis complicações sistêmicas.
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