Análise comparativa do desenvolvimento psicomotor de bebês prematuros e a termo com e sem risco
Resumo
A presente pesquisa foi subdividida em três estudos, cujos os objetivos foram investigar os sinais precoces de alteração psicomotora comparando bebês nascidos pré-termo e a termo, com e sem risco psíquico, e averiguar a correlação entre essas variáveis e fatores de risco socioeconômicos, obstétricos e psicossociais. O Estudo 1 foi composto por 30 bebês os quais foram investigados em duas faixas etárias (3meses e um dia - 4 meses e 29 dias e 8meses e 1 dia - 9 meses e 29 dias). Já os Estudos 2 e 3 foram constituídos pelo mesmo grupo amostral: 165 bebês na faixa etária correspondente a 3-4meses e 29 dias; 130 bebês na faixa etária de 8 – 9 meses e 29 dias e 102 bebês na faixa de 11-12 meses e 29 dias. Foram realizadas entrevistas referentes a dados socioeconômicos, psicossociais, obstétricos e também referentes à rotina alimentar, do sono e motora do bebê em todas as faixas etárias analisadas. Os instrumentos utilizados foram o Teste Denver II para averiguar o desempenho motor fino e grosso, e para evidenciar risco psíquico utilizou-se os Indicadores Clínicos de Risco ao Desenvolvimento e os Sinais PREAUT. Para as análises estatísticas foram usados os aplicativos computacionais STATISTICA 9.1 e PAW 17.0. Os resultados evidenciaram que a variável prematuridade não foi relevante na diferenciação dos grupos em função do pequeno número de bebês prematuros extremos na amostra. Houve repercussão negativa do risco psíquico no desempenho psicomotor dos bebês com sintomas como instabilidade psicomotora, construção inadequada do esquema e da imagem corporais, e não efetuação da imitação e da antecipação do gesto materno. Também foi constatada correlação entre risco psíquico e atraso motor fino e grosso, sobretudo quando o risco psíquico foi avaliado pelos Sinais PREAUT. Logo, manifesta-se a necessidade de atentar-se, durante a avaliação do desenvolvimento infantil, para questões psicomotoras, psíquicas e também para questões ambientais, que podem ser obstáculos a esse desenvolvimento, para poder intervir em tempo de removê-los ou minimizá-los, favorecendo a evolução positiva do bebê.
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