Educação ambiental: análise e crítica da erosão cultural e da biodiversidade no biocolonialismo
Resumo
O presente trabalho investiga a relação da corrente negação do status de conhecimento aos
conhecimentos tradicionais, em específico, dos conhecimentos tradicionais associados à
biodiversidade, o paradigma moderno, a crise ambiental global antrópica e a Educação
Ambiental integral, crítica e reflexiva. Essa investigação é feita a partir de uma revisão
bibliográfica a partir da sociologia descolonial de Boaventura de Sousa Santos e da teoria
crítica. A partir da metodologia adotada o sistema-mundo moderno-ocidental-capitalista –
através do cientificismo – nega o status de conhecimento aos conhecimentos tradicionais, o
que é meio parar subalternizar ou liquidar povos ligados a eles; bem como dicotomiza cultura
e natureza, na qual a última fica no lugar da exterioridade/inferioridade. A negação da
diversidade cultural e a dicotomia cultura/natureza na qual a última ocupa lugar de
inferioridade é uma atitude inerente ao colonialismo; portanto, uma alteridade e
reconhecimento negativo do outro é inerente ao colonialismo. A superação da erosão cultural
e da biodiversidade – problemas pertencentes ao todo da crise ambiental global – só pode
ocorrer então se, ao contrário da atitude colonial moderna, estabelecermos relações de
alteridade e reconhecimento positivos, reconhecendo a diversidade de saberes do mundo
(pluralidade epistemológica) – através de uma “ecologia de saberes” -, as sociedades
tradicionais e a natureza. Mas como estabelecemos relações de alteridade e reconhecimento
positivo do outro da cultura moderna – natureza e sociedades tradicionais? A partir da
metodologia adotada isso pode ser feito a partir de uma Educação Ambiental é fundamental
neste caminho desde que crítica, integral e reflexiva, longe do ecologismo.
Coleções
- Educação Ambiental [191]
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