Carga de doença na população indígena de Santa Catarina em 2016
Fecha
2018-05-23Autor
Przybulinki, Édipo Lutiano Enéas
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No Brasil, a transição epidemiológica tem ocorrido de maneira polarizada em virtude das
disparidades de indicadores de mortalidade e morbidade entre regiões, estados, cidades e entre
grupos populacionais. O presente trabalho objetivou quantificar o DALY (anos de vida
perdidos ajustados por incapacidade) para a população indígena do estado de Santa Catarina,
tendo como referência o ano de 2016. Trata-se de um estudo quantitativo, que utilizou como
base a metodologia dos estudo de carga de doença - Global Burden of Disease - proposta por
MURRAY e LOPES em 1996. Foram estimados para a população indígena de Santa Catarina
421,57 DALY a cada 1.000 habitantes, sendo 309,75 YLL e 111,82 YLD a cada 1.000
habitantes. Entre os principais resultados encontrados, destaca-se a predominância da carga de
doenças devido ao grupo de doenças infecciosas, parasitárias, materna e perinatal (42%).
Contudo, o perfil se torna mais complexo diante da carga de doenças por agravos nãotransmissíveis
e causas externas, 33% e 24% respectivamente. Os resultados do presente
estudo indicam que a população indígena está passando por um complexo processo de
polarização epidemiológica, além de indicar que esta população está em uma situação de
iniquidade em saúde em relação aos seguimentos não indígenas.
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