Adubação do Eucalyptus urophylla S.T. Blake em solo arenizado no bioma Pampa
Fecha
2017-12-15Metadatos
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O Eucalyptus é o gênero florestal mais plantado no Brasil e no mundo. Os povoamentos estão estabelecidos nos mais variados ambientes que proporcionam diferentes níveis de produtividade. No estado do Rio Grande do Sul, novas plantações estão sendo estabelecidas na região do bioma Pampa, onde existem solos arenizados por consequência de processos naturais ou ainda acelerados através da atividade antrópica. Esses solos apresentam baixa fertilidade natural. Atualmente os manejos utilizados apresentam resultados pouco satisfatórios do ponto de vista produtivo e econômico. Nesse contexto o presente trabalho pretende contribuir com alternativas viáveis ao uso dos solos arenizados para a produção florestal com espécies do gênero Eucalyptus. O objetivo desse trabalho foi avaliar os aspectos silviculturais do Eucalyptus urophylla submetido a cinco regimes de fertilização, com três repetições para cada tratamento. O experimento foi implantado em maio de 2015 em núcleo arenizado no município de Maçambará - RS, em propriedade da empresa StoraEnso Florestal, totalizando 27.000 m² de área experimental em forma de delineamento inteiramente casualizado (DIC). A quantidade de mudas foi igual para todos os tratamentos, já as fontes e doses de fertilizantes foram variadas de acordo com a expectativa de produção da biomassa. Mensalmente foram determinadas a produção de serapilheira e precipitação pluviométrica incidente, aos 12 e 24 meses determinadas a produção de biomassa e produtividade dos tratamentos. Aos 12 meses a maior altura foi observada para o tratamento T 5, com 4,20 metros e 3,89 cm de DAP. A maior produção de biomassa aos 12 meses foi para o T 5, com 6,82 Mg ha-1, seguido pelo T 4 com 5,88 Mg ha-1, depois o T 2 com 5,12 Mg ha-1, o T 3 com 4,83 Mg ha-1 e com a menor produção de biomassa para o T 1 com 4,35 Mg ha-1. Aos 24 meses, a maior produtividade foi observada para o T 5 com 28,20 m³ ha-1 ano-1, o que representa 58,12% a mais que o T 1, que apresentou 11,80 m³ ha-1 ano-1. A maior produção de serapilheira, entre os 12 e 24 meses, foi observada para o T 5 com 1406,58 kg ha-1ano-1, o que representa 61,29% a mais que a serapilheira produzida no T 1, que foi de 544,54 kg ha-1ano-1. A precipitação pluviométrica incidente anual média foi de 1922 mm, média que corresponde entre os meses de agosto de 2015 e maio de 2017. O elemento que apresentou a menor concentração média na solução da precipitação foi o P, com 0,01 mg L-1, já as maiores concentrações foram observadas para o N e Ca com 1,08 g L-1. A maior quantidade precipitada verificou-se para o Cl com 7,46 kg ha-1ano-1, seguido pelo Ca com 7,02 Kg ha-1ano-1, já a menor quantidade foi observada para o P com 0,06 kg ha-1ano-1. O N foi o elemento que apresentou a maior concentração na biomassa aos 12 meses, sendo mais concentrado nas folhas. O Mn foi o micronutriente com maiores concentrações aos 12 meses, também para as folhas em todos os tratamentos. Aos 12 meses o K foi o elemento com maior acúmulo na biomassa com 51,68 kg ha-1 no tratamento T 5 e 26,97 kg ha-1 no T 1. O Mn foi o micronutriente com maior acúmulo aos 12 meses, com 5.792,67 g ha-1 no tratamento T 5. Aos 24 meses as maiores concentrações na biomassa foram observadas para o Ca nos tratamentos T 1, T 3, T 4 e T 5 principalmente na casca, já no T 2 a maior concentração foi de N nas folhas. O Mn é o micronutriente com as maiores concentrações aos 24 meses, principalmente no componente casca. As maiores quantidades acumuladas de macro nutrientes aos 24 meses foram observados para o Ca nos tratamentos T 1, T 3, T 4 e T 5, já o T 2 obteve maior acúmulo de K. Através dos resultados encontrados nesse trabalho espera-se contribuir com alternativas para a utilização dos núcleos arenizados através da implantações de povoamentos florestais. Ao longo das rotações acredita-se na melhoria das características químicas e físicas do solo, através da ciclagem de nutrientes e atividade biológica, além da proteção oferecida pelas árvores na cobertura do solo.
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