De corpo e alma: a materialidade da escrita e a subjetividade autógrafa
Resumo
O presente trabalho objetiva conhecer dois manuscritos eclesiásticos, do período
colonial brasileiro (1753 e 1759), na sua composição material, a fim de verificar a
existência de elementos de subjetividade mesmo que tenham sido criados dentro de
normas e padrões institucionais. Através da análise paleográfica como técnica
investigativa, utiliza-se o método analítico-comparativo para fazer emergir a identidade
de cada escrita, em um panorama interdisciplinar que envolve a História, a Filologia e a
Grafologia, assim como a Paleografia como instrumento de leitura e de crítica.
Após situar os documentos em seu contexto de produção, demonstrado a partir
da história eclesiástica sul-riograndense, a escrita do Pe. Thomaz Clarque e a de
Ignacio de Souza Maciel Sardinha são analisadas e comparadas, demonstrando-se
semelhanças e diferenças que se misturam às trajetórias pessoais. O traçado cursivo
da letra, as questões ortográficas e a ligação entre as palavras confere identidade a
cada escrita, do mesmo modo que se conectam com a realidade, na qual se inserem.
Coleções
- Gestão em Arquivos - EaD [245]
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