O papel da emotividade no ensino de filosofia: um estudo a partir de Martin Heidegger a Michel Henry
Resumo
Este artigo objetiva apresentar e ressaltar a importância da afetividade no ensino de filosofia. O estudo acerca da afetividade surge devido à necessidade de explorar os campos férteis do afeto, relacionados ao ser no mundo, o que vai nos exigir, em primeira instância, que seja feita uma fundamentação teórica de tal questão, a saber, a visão da “afetividade” em autores tradicionais da filosofia. Desta forma, nos utilizamos de dois autores os quais vão servir de base sólida para a pesquisa. São eles Martin Heidegger e Michel Henry. Neste sentido, através do termo Dasein, trazido à tona por Heidegger, passamos a analisar o ser no mundo; segundo o filosofo, o Dasein, no mundo, será o principal meio de acesso à afetividade, pois o Dasein “ser-aí” se envolve com o mundo através das disposições emotivas as quais o tornam capazes de sentir, criar e desejar. Já Michel Henry pretende dar um salto a mais neste proposito afetivo e engrandece a discussão, ao passo que ele apresenta a fenomenologia da vida. Neste sentido, sua proposta é apresentar a vida como meio de aceso a todas as coisas, através da auto-afectação, levando, desta forma, a existência humana como uma experiência junto do mundo. Tanto Heidegger quanto Michel Henry pretendem demostrar que a afetividade está relacionada com o ser, o que demostra e afirma que as relações de afeto denominam o modo do ser “ser” no mundo. Isso nos leva a ressaltar sua importância para o ensino de filosofia, onde se faz necessária sua inserção e desenvolvimento na grade curricular, onde ela possa se sobressair em relação à maneira tradicional de ser apresentada, dando um novo sentido ao ensino, pautado nas necessidades dos alunos.
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