A interpessoalidade nos discursos de posse presidencial do Brasil (1985 - 2011)
Fecha
2017-12-12Quarto membro da banca
Silva, María Teresa Oteisa
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Dentre os diversos contextos específicos de uso da linguagem, esta pesquisa está inserida no contexto político brasileiro. Este estudo visa explorar funcionalmente os recursos semântico-discursivos e léxico-gramaticais que instanciam a interpessoalidade em discursos proferidos por presidentes da República brasileira na ocasião de sua posse. Para tanto, o corpus selecionado compreende oito discursos de seis diferentes presidentes, cujos mandatos datam desde 1985, ano em que se instaurou o fim da ditadura militar, até 2011, ano em que se realizou o discurso mais recente à época do estabelecimento desta investigação. Esta pesquisa situa-se na área da semântica do discurso (MARTIN; WHITE, 2005) e ampara-se nos pilares teóricos da Gramática Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014) e nos recursos da Linguística de Corpus (SARDINHA, 2004). Outros estudos também sustentam esta pesquisa, especialmente aqueles que dizem respeito à caracterização do discurso político (CHARAUDEAU, 2013). Os procedimentos de análise compreendem a organização do corpus; a coleta de dados quantitativos; o delineamento da configuração contextual; a análise dos recursos interpessoais semântico-discursivos e léxico-gramaticais e, por fim, a análise semântico-interpretativa. A pesquisa revelou que, de acordo com a época política e os ideais que a permeiam, a identidade autoral dos presidentes varia. Eles assumem, em geral, a postura de "chefe", delineando a audiência como subordinada aos seus desígnios, uma vez que há, nos discursos, predomínio de declarações. As escolhas semântico-discursivas dos mandatários revelam, ainda, que o público-alvo dos discursos corresponde, em sua maioria, a membros e personalidades do contexto político.
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