Clínica ampliada e acompanhamento terapêutico o registro de novas práticas no contexto de uma unidade de internação psiquiátrica
Resumo
Historicamente, o modelo de gestão e atenção na prática em saúde mental vem sofrendo profundas mudanças epistemológicas que visam construir uma práxis consonante aos princípios da reforma psiquiátrica. A estratégia de coleta de dados para esse estudo consistiu na análise documental, na perspectiva de um estudo de caso explanatório, onde foram analisadas as práticas de intervenção em saúde mental frente a um usuário do serviço de internação psiquiátrica. A análise das intervenções em saúde se deteve às práticas relacionadas ao modelo da clínica ampliada. O processo de construção do referencial teórico acerca dos dispositivos da clínica ampliada e do Acompanhamento Terapêutico (AT) se deu a partir de artigos das bases de dados SciELO, do portal de periódicos CAPES, por meio dos seguintes descritores: “Clínica ampliada”, “Acompanhamento terapêutico” e “Saúde Mental”. Os referenciais desenvolvidos pela Política Nacional de Humanização (BRASIL, 2004) e a proposta da clínica ampliada, na perspectiva de Campos (1997), formaram a base conceitual desta pesquisa. Para a revisão de aspectos históricos da psiquiatria e da saúde mental, foram utilizados trabalhos clássicos, bem como capítulos de livros, artigos e manuais redigidos por autoridades nas áreas de interesse. Nossos resultados sugerem que intervenções ampliadas (acolhimento, escuta qualificada, projeto terapêutico singular) foram capazes de promover o vínculo necessário para a adesão do usuário à prática do Acompanhamento Terapêutico (AT) e facilitação ao processo de reabilitação.
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