A história de vida e auto(trans)formação de uma mulher: emancipação e empoderamento via ações afirmativas na Universidade Federal de Santa Maria
Resumo
Este trabalho é uma pesquisa narrativa autobiográfica que traz fragmentos de minha trajetória para tecer considerações sobre o poder emancipatório da educação, colocando em destaque a relevância das políticas afirmativas no contexto da Universidade Federal de Santa Maria. A situação de cotista da Universidade me mobiliza a falar sobre essa política que tem garantido o ingresso de muitos jovens no ensino superior. O Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social foi instituído na UFSM pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), através da Resolução Nº 011/07 e já a partir de 2008, vagas começaram a ser destinadas nos processos seletivos, no vestibular, no PEIES, no reingresso e nas transferências para afrobrasileiros, para alunos que cursaram todo o ensino fundamental e médio em escolas públicas, para portadores de necessidades especiais e para indígenas. Sou a prova viva da contribuição das políticas afirmativas para o processo emancipatório dos sujeitos. Muito já foi feito com a garantia do acesso, a luta agora será pela permanência. O principal referencial teórico que utilizo são as Pedagogias do Oprimido e da Autonomia, de Freire (2015, 2016) e as Experiências de Vida e Formação, de Josso (2004).