Crescimento e desenvolvimento de cultivares de cana-de-açúcar tolerantes ao frio na região central e noroeste do RS
Resumo
O objetivo do estudo foi avaliar o crescimento e desenvolvimento de genótipos de cana-de-açúcar tolerantes ao frio na região noroeste e central do Rio Grande do Sul. Para isso, foram instalados experimentos em casa de vegetação e a campo. O experimento em casa de vegetação foi instalado em junho de 2018, na Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen. Foram utilizados 15 genótipos de cana-de-açúcar: UFSM XIKA FW, UFSM LUCI FW, UFSM PRETA FW, UFSM DINA FW, UFSM MARI FW, RB855156, RB966928, RB946903, RB925345, RB965902, RB867515, RB925268, RB935744, RB845210, IAC87-3396. Os genótipos UFSM são provenientes do processo de mutação do programa de melhoramento da Universidade Federal de Santa Maria, campus de Frederico Westphalen, e possuem tolerância a baixas temperaturas. Os genótipos RB são provenientes do programa da Ridesa e o genótipo do IAC é proveniente do programa de melhoramento do Instituto Agronômico de Campinas, sendo os genótipos RB recomendados para cultivo no Rio Grande do Sul. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso com 4 repetições. Foi calculada a soma térmica necessária do plantio à emergência da cana-de-açúcar e a soma térmica necessária da emergência até a emissão da quarta folha. Além disso, outros dois experimentos foram instalados em setembro de 2017 a campo em Frederico Westphalen, região noroeste, e Cruz Alta, região central do Estado. Os genótipos de cana-de-açúcar utilizados foram: UFSM XIKA FW, UFSM LUCI FW, UFSM PRETA FW, UFSM DINA FW, UFSM MARI FW, IAC87-3396. Em Frederico Westphalen foram utilizados dois espaçamentos de 0,5 e 0,33 metros entre plantas e em Cruz Alta apenas um espaçamento de 0,5 metros entre plantas. O espaçamento entre linhas de cultivo em ambos os experimentos foi de 1,5 metros. O delineamento utilizado em ambos os experimentos foi o de blocos casualizados com 4 repetições. Aos 38, 73, 103, 147, 175, 224 e 266 dias após o transplante foram aferidos o diâmetro da base do colmo, estatura de planta, número de colmos por metro linear e área folhar. Ao final do ciclo, foi determinada a produtividade de colmos por hectare. Estes dados foram correlacionados com os dados meteorológicos, concluindo-se que o menor espaçamento entre plantas proporciona maior produtividade de toneladas de colmos por hectare. Os caracteres morfológicos que mais interferem na produtividade são o número de colmos por metro de sulco e a estatura de planta. A temperatura mínima e a soma térmica acumulada são as principais variáveis que interferem no crescimento e desenvolvimento da cultura, sendo os genótipos UFSM os com menor exigência térmica.
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