Protocolo para idosos no pós-operatório de fratura de fêmur proximal por queda: construção convergente assistencial
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2018-05-09Metadatos
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As quedas sofridas pelos idosos são consideradas um problema de saúde pública. Elas podem
causar fratura de fêmur proximal que, geralmente, é tratada por cirurgia. A recuperação desse
procedimento demanda cuidados específicos no pós-operatório. Este estudo objetivou
desenvolver um protocolo de serviço para a educação em saúde no cuidado no período pósoperatório
de idosos hospitalizados que vivenciaram fratura de fêmur proximal por queda.
Trata-se de uma investigação qualitativa com a pesquisa convergente assistencial embasada nos
referenciais teóricos freireanos da conscientização e da educação dialógica, além da educação
em saúde. Participaram 16 enfermeiros da Unidade de Cirurgia Geral – Serviço de Internação,
102 idosos no pós-operatório de correção de fratura de fêmur proximal por queda e seus
acompanhantes. A produção de dados ocorreu de janeiro a dezembro de 2016 por meio de
entrevista conversação e observação participante com idosos, acompanhantes e enfermeiros.
Com os idosos foi aplicado um formulário semiestruturado e mini exame do estado mental.
Foram orientados, pela pesquisadora, 23 idosos e seus acompanhantes. Com os enfermeiros
realizaram-se grupos de convergência. Analisaram-se os formulários e mini exame por análise
univariada e estatística descritiva das variáveis e os dados subjetivos de acordo com as etapas da
pesquisa convergente assistencial: apreensão, síntese, teorização e transferência. Obteve-se
aprovação no Comitê de Ética sob número do parecer 1.394.524. Os resultados originaram seis
categorias: caracterização dos idosos internados pós-correção de fratura de fêmur proximal por
queda; demandas dos idosos com correção de fratura de fêmur proximal e ações realizadas; a
prática assistencial dos enfermeiros com os idosos pós-correção de fratura de fêmur proximal e
seus acompanhantes; instrumentalização com os enfermeiros da unidade por meio dos grupos de
convergência; encontro entre pesquisa, assistência e educação dialógica: possibilidades para a
construção teórica; e, socialização dos resultados: estratégias para refletir sobre a assistência ao
idoso pós-correção de fratura de fêmur proximal por queda. Constatou-se que a tomada de
consciência de enfermeiros para a construção de um protocolo é uma prática de liberdade para
emancipação por meio da educação em saúde em uma relação dialógica, com idosos póscorreção
de fratura de fêmur proximal por queda e seus acompanhantes e favorece a
transformação da realidade de cuidado. Concluiu-se que é preciso demitificar concepção de
manter o idoso em repouso para a recuperação. É indispensável o empoderamento do idoso e
acompanhante sobre mobilização, formas de obter e utilizar o andador, adaptação dos ambientes
para evitar novas quedas e reduzir complicações pós-cirurgia. A educação em saúde deve ser
norteada pela problematização buscando estratégias para intervir na realidade. As
especificidades no cuidado ao idoso por meio da elaboração do protocolo é uma ferramenta para
melhorar a assistência do enfermeiro ao idoso e acompanhante.
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