Efeito protetor da N-acetilcisteína sobre o estresse oxidativo causado pela administração crônica de aspartame em ratos
Fecha
2015-03-12Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta tese avaliou os efeitos da N-acetilcisteína (150 mg/kg, intraperitoneal) frente às
alterações bioquímicas e oxidativas ocasionadas pelo consumo oral diário de 40 mg/kg
aspartame durante seis semanas por ratos. Para isto, foram realizados dois experimentos,
onde, em ambos, os animais foram divididos em quatro grupos: Controle – receberam
ambos os veículos, o do aspartame e o da N-acetilcisteína; NAC – receberam o veículo do
aspartame, e a N-acetilcisteína; ASP – receberam o aspartame, e o veículo da Nacetilcisteína;
ASP-NAC – receberam o aspartame e a N-acetilcisteína. O aspartame foi
administrado durante seis semanas; enquanto que a N-acetilcisteína foi injetada apenas na
quinta e sexta semana. Depois disto, os animais foram anestesiados, o sangue deles foi
retirado, e o soro separado; e então, os ratos foram eutanasiados por exsanguinação. No
primeiro experimento, o soro foi usado para a medida de glicose e dos biomarcadores de
dano hepático e renal; o cérebro inteiro, o fígado e os rins foram removidos para análise dos
parâmetros de estresse oxidativo. Conforme os resultados obtidos, de maneira geral, o
aspartame ocasionou hiperglicemia e estresse oxidativo no cérebro inteiro e nos tecidos
hepático e renal. O tratamento com N-acetilcisteína protegeu todos os tecidos estudados
contra o dano oxidativo (peroxidação lipídica e carbonilação proteica), especialmente, por
promover a síntese de glutationa reduzida (GSH), induzir as enzimas relacionadas ao
metabolismo da mesma (glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR) e glutationa
S-transferase), e elevar os níveis de ácido ascórbico e o potencial reativo antioxidante total.
No segundo experimento, o soro foi utilizado para a determinação de glicose e do perfil
lipídico; o fígado foi retirado para a medida de glicose; e o cérebro inteiro foi separado nas
seguintes estruturas: córtex cerebral, cerebelo, tronco encefálico, e hipotálamo; nas quais foi
realizada a pesquisa de biomarcadores de estresse oxidativo. O consumo do aspartame
causou uma produção elevada de glicose no fígado, hiperglicemia, hipertrigliceridemia e
hipercolesterolemia; e, estresse oxidativo em todas as estruturas encefálicas. Embora o
tratamento com a N-acetilcisteína não tenha reduzido a síntese de glicose hepática e nem a
hiperglicemia, ela normalizou os níveis de triglicerídeos e de lipoproteína de alta densidade
no soro. Este tratamento antioxidante também protegeu todas as estruturas encefálicas
contra a peroxidação lipídica, aumentou os níveis de GSH e induziu as enzimas associadas
à ela (GPx e GR), desencadeando diferentes respostas defensivas em cada estrutura
encefálica. Portanto, os dados desta tese sugerem que a N-acetilcisteína atenua os danos
oxidativos gerados pela ingestão deste edulcorante artificial. Estudos adicionais são
necessários para elucidar as vias de sinalização envolvidas neste processo; bem como para
determinar a quantidade dos metabólitos do aspartame (fenilalanina, aspartato e metanol)
encontrada no plasma e cérebro dos ratos.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: