Efeitos da dieta suplementada com disseleneto de difenila sobre a toxicidade induzida por mercúrio em camundongos e peixes
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2019-01-18Metadatos
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Com o aumento de atividades industriais e agrícolas, diversos contaminantes são liberados no meio ambiente. Contaminantes como o mercúrio (Hg) podem ser provenientes do uso das práticas agrícolas, queima de combustíveis fósseis e atividades de mineração, sendo que esta atividade se destaca no Brasil. Uma vez liberado no meio ambiente o Hg atinge os ambientes aquáticos e terrestres e consequentemente os organismos que ali habitam. Com o objetivo de minimizar possíveis efeitos tóxicos em organismos vivos, o uso de aditivos alimentares com propriedades antioxidantes pode representar uma boa alternativa. O disseleneto de difenila (PhSe)2 é um composto orgânico de selênio com propriedades antioxidantes, e possui efeitos benéficos na terapêutica de animais expostos a metais pesados. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de uma dieta suplementada com (PhSe)2 sobre a toxicidade induzida pelo cloreto de mercúrio (HgCl2). Jundiás adultos (40 - 50g) e camundongos Swiss albinos (25–30g) foram tratados durante 30 dias consecutivos com ração suplementada com (PhSe)2 ou ração controle. Após 25 dias de tratamento os animais receberam uma dose diária de solução de HgCl2 (1,7mg/kg, peixes, 5,0mg/kg camundongos) durante 5 dias. Os animais foram eutanasiados 24h após a última administração de HgCl2 e os tecidos sanguíneo, renal e hepático foram coletados para análise da atividade da enzima δ-aminolevulinato desidratase (δ-ALA-D). Foram avaliados parâmetros de toxicidade hepática (aspartato aminotransferase AST e alanina aminotrasferase ALT), renal (uréia e creatinina) e parâmetros oxidativos (TBARS, tióis totais e não proteicos e espécies reativas de oxigênio). Os peixes expostos ao Hg apresentaram inibição da atividade da δ-ALA-D do rim e sangue, aumento nos níveis de creatinina sérica e diminuição dos níveis de TBARS, tióis totais e tióis não protéicos de rim. O Hg acumulou-se no fígado e nos rins dos peixes causando alteração na homeostase do zinco (Zn) nos tecidos hepático e sanguíneo. A alimentação com (PhSe)2 preveniu parcialmente a inibição da δ-ALA-D renal, elevação dos níveis de creatinina sérica, diminuição dos níveis de TBARS e tióis não proteicos, bem como a alteração na homeostase do Zn no sangue. Os camundongos expostos ao Hg apresentaram inibição da atividade da δ-ALA-D sanguínea e ALT sérica, aumento nos níveis de ureia e creatinina, diminuição dos níveis de TBARS e tióis total renal e aumento nos níveis de tióis não proteicos no rim. O Hg acumulou-se no fígado e no rim dos camundongos e causou alteração na homeostase do Zn nos rins. O (PhSe)2 preveniu totalmente a inibição da δ-ALA-D de sangue, o aumento na ureia e creatinina e a diminuição dos tiois totais de rim e parcialmente a inibição da ALT sérica. Considerando os resultados, acredita-se que o (PhSe)2 pode vir a ser um aditivo em potencial contra a intoxicação por Hg tanto para peixes como para mamíferos.
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