Disseleneto de difenila em modelos de infecção viral causada por herpes simplex vírus dos tipos 1 e 2
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2017-03-02Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Doenças infecciosas ocasionadas pelo herpes simplex vírus do tipo 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2) estão entre as patologias que mais acometem a população. A busca por novas alternativas terapêuticas para o seu tratamento torna-se relevante devido ao crescimento de casos resistentes ao Aciclovir, referência no tratamento de infecções herpéticas. Desta forma, esta tese investigou o efeito do disseleneto de difenila (PhSe)2, uma molécula orgânica de selênio, no tratamento de infecções geradas pelo herpes simplex vírus humano 1 (HSV-1) e 2 (HSV-2) in vitro e in vivo. No protocolo 1 referente aos artigos 1 e 2, foi realizado incialmente o teste de viabilidade celular (MTT) para verificar se há toxicidade do composto (1-100μM) e posteriormente verificou-se o seu efeito sobre o HSV-2 através do ensaio de redução de placa viral, ambos os testes realizados em cultura de células VERO. Após, foram realizados os experimentos in vivo. O protocolo consistiu de 5 dias de pré-tratamento com (PhSe)2 (5 mg/kg, via intragástrica, i.g.), infecção intravaginal no dia 6 e pós-tratamento com o composto por mais 5 dias. Ao final dos tratamentos, os animais foram mortos e análises ex vivo dos tecidos genital, renal, hepático e plasma foram realizadas. A evolução da lesão extravaginal foi analisada a cada dia pós-infecção. Outros parâmetros também foram investigados como carga viral, análise histológica, estresse oxidativo, inflamação, resposta imune, atividades de enzimas antioxidantes e anti-inflamatórias, parâmetros de toxicidade renal e hepática. No protocolo 2 referente ao manuscrito 1, as análises do efeito antiviral do (PhSe)2 contra a infecção por HSV-1 foram realizadas em dois tempos diferentes após a infecção (4 e 24 horas) em culturas de células gliais. Foi quantificada a carga viral através dos ensaios de redução de placa, inibição da síntese de DNA viral e inibição de genes envolvidos no ciclo replicativo (ICP27, ICP0, ICP8 e DNA polimerase viral). Também foi investigada a ativação do sistema imunológico (NF-κB e TNF-α) nas células infectadas por HSV-1. Os resultados referentes aos artigos 1 e 2 demonstraram um efeito antiviral do (PhSe)2 in vitro e in vivo bem como a redução do estresse oxidativo, inflamação, restauração da capacidade antioxidante como o conteúdo de tióis não-proteicos e da atividade de enzimas antioxidantes. Ainda, o composto protegeu contra efeitos tóxicos gerados pela infecção a nível renal e hepático. Os achados obtidos no manuscrito 1 também foram positivos, uma vez que foi confirmado o efeito antiviral do (PhSe)2 contra a infecção por HSV-1 nas células gliais bem como a redução da síntese de DNA viral e regulação dos genes do ciclo replicativo. O composto reduziu a expressão da maioria dos genes virais estudados nos diferentes tempos de análise após a infecção. E de certa forma apresentou efeito imunomodulador através da redução da expressão da citocina TNF-α. A partir dos dados obtidos pode-se considerar o (PhSe)2 uma importante alternativa terapêutica frente as infecções causadas pelo HSV-1 e HSV-2.
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