Potencial antidepressivo do extrato aquoso de Ilex paraguariensis em roedores: envolvimento do sistema monoaminérgico
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2017-03-31Metadatos
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Ilex paraguariensis é uma planta amplamente consumida na América do Sul na forma de uma infusão conhecida como ―chimarrão‖ ou ―mate‖, a qual apresenta efeitos relacionados à sua ação no sistema nervoso central. No entanto, pouco se sabe sobre sua ação no sistema monoaminérgico e possível efeito antidepressivo. Neste estudo, foi avaliado o potencial antidepressivo do extrato aquoso de I. paraguariensis em ratos e camundongos e investigada a participação do sistema monoaminérgico. No experimento 1, os ratos foram tratados com extrato aquoso de I. paraguariensis no lugar da água de beber, ad libitum, seguindo a preparação tradicional da bebida. Após 24 horas e 4 semanas de tratamento, foi realizada a análise comportamental através dos testes de campo aberto, nado forçado, labirinto em cruz elevado. I. paraguariensis diminuiu o tempo de imobilidade no teste de nado forçado após 24 horas (56%) e 4 semanas (28%) indicando um potencial efeito antidepressivo. Como controle positivo para este experimento, foi acrescentado um grupo experimental recebendo selegilina, o qual também apresentou redução no tempo de imobilidade no teste do nado forçado em torno de 56%. Não houve alterações atividade locomotora ou ansiogênica após 4 semanas de tratamento com I. paraguariensis. Ao final de 4 semanas de tratamento com a I. paraguariensis, foram avaliadas possíveis alterações oxidativas (peroxidação lipídica, níveis de vitamina C e níveis de tiol não proteico) e atividade da enzima monoaminoxidase no cérebro dos animais. Porém, não houve alterações significantes nestes parâmetros. No experimento 2, camundongos foram tratados com I. paraguariensis em diferentes concentrações (0,05; 0,1 e 0,2 g/mL) no lugar da água de beber durante 7 dias, ad libitum. Foram realizados os testes de nado forçado, suspensão da cauda e campo aberto após 24 horas de tratamento e 24 horas após o fim do período experimental. I. paraguariensis causou uma redução no tempo de imobilidade nos testes de nado forçado nas três concentrações testadas 0,05 g/mL (45%), 0,1 g/mL (48%) e 0, 2 g/mL (41%) após 24 horas e 7 dias de tratamento (34%, 22% e 28%, respectivamente). No teste de suspensão da cauda, foi observada a redução do tempo de imobilidade nas concentrações de 0,05 g/mL (56%) e 0,1 g/mL (45%) após 24 horas. Nenhuma alteração foi observada na atividade locomotora dos animais. Para avaliar o envolvimento do sistema monoaminérgico, camundongos foram pré-tratados com 3-iodo-L-tirosina (inibidor da tirosina hidroxilase, 100 mg/Kg, i.p., 4 dias) ou éster metílico de p-clorofenilalanina (inibidor da triptofano hidroxilase, 100 mg/Kg, i.p., 4 dias) ou veículo. Após três dias de tratamento com os inibidores, os animais foram tratados com extrato aquoso de I. paraguariensis 0,05g/mL ou água e após 24 horas de tratamento foram realizados os testes do nado forçado e suspensão da cauda. O pré-tratamento com 3-iodo-L-tirosina preveniu a diminuição do tempo de imobilidade no teste de suspensão da cauda, enquanto o pré- tratamento com p-clorofenilalanina metil éster preveniu a diminuição do tempo de imobilidade no teste de nado forçado, mostrando o envolvimento do sistema monoaminérgico na potencial atividade antidepressiva de I. paraguariensis.
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