Ciência, tecnologia e inovação: interdiscursividade jornalística, reformulação discursiva e heterogeneidades
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Data
2005-12-01Segundo membro da banca
Cimadevilla, Gustavo Ramón
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Considerando a Revolução Verde do final do século XX como o elemento propulsor de um
intenso processo de disseminação de pacotes tecnológicos de extensão do domínio capitalista,
observou-se a necessidade de adequação de conteúdos especializados veiculados na mídia
com o intuito de difundir informações sobre as novas tecnologias. Nesse contexto insere-se a
presente pesquisa com o objetivo de desvendar os mecanismos discursivos de ressignificação
da linguagem técnica e hermética da ciência e tecnologia voltada para uma audiência ampla.
O jornalismo científico insere-se nesse ínterim como uma ferramenta de reformulação
discursiva que pretende construir um discurso simples a acessível para a audiência a partir da
desconstrução da hermeticidade inerente à formação discursiva da ciência. A partir de
matérias jornalísticas sobre o tema transgênicos veiculadas no caderno Campo & Lavoura do
jornal Zero Hora, procura-se desvendar o agenciamento discursivo realizado pelo jornalismo
científico na reformulação e transmutação dos termos técnicos e científicos envolvendo o
tema. Além disso, constata-se o pronunciamento de inúmeros sujeitos acerca do tema, fazendo
do discurso sobre os transgênicos em Campo & Lavoura um interdiscurso heterogêneo. Por
ser agenciada pelo jornalismo científico enquanto ferramenta de que busca familiarizar a
linguagem e aproximar a ciência e tecnologia do público, a reformulação dos termos
científicos origina um discurso-outro que pode ser caracterizado como um interdiscurso
heterogêneo que busca a familiaridade dos termos científico-técnicos.
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