Mostrar registro simples

dc.creatorDrebes, Laila Mayara
dc.date.accessioned2019-10-17T12:53:44Z
dc.date.available2019-10-17T12:53:44Z
dc.date.issued2019-06-04
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufsm.br/handle/1/18608
dc.description.abstractIn this thesis, I analyze the processes of social construction concerning suicide of family tobacco farmers at Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul, Brazil, especially regarding the interference of family members, community, agro-industry, rural extension, public health, Christian church, regional press and a non-governmental organization concerned with suicide prevention. The theoretical-methodological contribution is based on the structuralist constructivism of the sociologist Pierre Bourdieu, with emphasis on the propositions about how the phenomena is socially constructed through the dialectic between exteriority and interiority, valuing social circumstances of the suicide of family tobacco farmers. The study was conducted through a case study, performed in the city of Vale do Rio Pardo, which was selected due to the socioeconomic relevance of tobacco cultivation and high suicide rates. With qualitative nature, primary and secondary data were collected through bibliographies, documents, interviews and observations. The semi-structured interviews were the most relevant instrumento for data collection. The results revealed the contribution of Sociology to denaturalize the phenomenon of suicide by highlighting the multiple material and symbolic interferences of social circumstances, thus recognizing it not only as a biological problem, but also as a sociological problem. However, due to the dichotomy between rural and urban areas, Rural Sociology lingered to assimilate the phenomenon of suicide through the pluralistic interference means of livelyhood and working conditions in rural areas. The families and communities of tobacco farmers reproduce a habitus based on moral values of the economy and work, which in certain personal and professional adverse conditions, triggers processes of social suffering, proper to suicide, especially among men. In the perspective of representatives of the agro-industry, suicides are associated to individual health problems, regardless possible associations between working conditions, suffering and death. Rural extension workers were encouraged to participate in productive diversification processes in areas used for tobacco cultivation, which contributed to trigger an identity crisis, which motivated social suffering among tobacco farmers, due to the struggle against their main economic activity. Public health agents are the most active in suicide prevention, however, grounded on physiologicalpsychological references, they are not always able to denaturalize occupational risks arising from the use of pesticides and the processes of domination and precariousness of labor relations in tobacco farming. Autorities of Catholic and Lutheran religious understand suicide as si and act in the reception of families and communities of tobacco growers in order to prevent suicide. Members of regional press, a subsidiary of the resources of the agribusiness industry, adopt the journalistic orientation of not reporting cases of suicide, which contributes to conceal such social problem. Volunteers of nongovernmental organization specialized in prevention, using psychological references of solidarity listening, find difficulty on reaching rural areas due to poor telephony infrastructure and the habitus of tobacco farmers, regarding controling emotions. It is concluded that at Vale do Rio Pardo, the problem of suicide is wrapped in a field of disputes of different practices and representations, in which social institutions involved try to preserve their own interests, oftenly to the detriment of family tobacco farmer´s lives.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpor
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Santa Mariapor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectAgricultura familiarpor
dc.subjectAgroindústria fumageirapor
dc.subjectCampopor
dc.subjectHabituspor
dc.subjectSofrimento socialpor
dc.subjectFamily farmingeng
dc.subjectTobacco industryeng
dc.subjectRural areaeng
dc.subjectHabituseng
dc.subjectSocial sufferingeng
dc.titleSuicídio de fumicultores familiares: construções de um problema socialpor
dc.title.alternativeSuicide of family tobacco farmers: constructions of a social problemeng
dc.typeTesepor
dc.description.resumoNesta tese analiso processos de construção social de suicídios de fumicultores familiares no Vale do Rio Pardo, Rio Grande do Sul, Brasil, ponderando, particularmente, sobre as interferências de membros das instituições sociais família, comunidade, agroindústria fumageira, extensão rural, saúde pública, igreja cristã, imprensa regional e organização não governamental especializada na prevenção de suicídios. O aporte teórico-metodológico está fundamentado no construtivismo estruturalista do sociólogo Pierre Bourdieu, com ênfase nas proposições sobre como os fenômenos são socialmente construídos por meio da dialética entre exterioridade e interioridade, valorizando circunstâncias sociais dos suicídios dos fumicultores familiares. O estudo foi conduzido como estudo de caso, realizado em município do Vale do Rio Pardo selecionado devido à relevância socioeconômica da fumicultura e elevada taxa de suicídios. De natureza qualitativa, foram coletados dados primários e secundários por meio de bibliografias, documentos, entrevistas e observações. As entrevistas semiestruturadas foram o instrumento de coleta de dados mais relevante. Os resultados apontaram contribuições da Sociologia para desnaturalizar o fenômeno do suicídio, ao evidenciar as múltiplas interferências materiais e simbólicas de circunstâncias sociais, reconhecendo-o como um problema sociológico e não apenas biológico. Contudo, em razão da dicotomia entre áreas rurais e urbanas, a Sociologia Rural demorou a assimilar o fenômeno do suicídio a partir das interferências plurais dos modos de vida e condições de trabalho nas áreas rurais. As famílias e comunidades de fumicultores reproduzem um habitus sustentado em valores morais da economia e do trabalho, que em determinadas circunstâncias pessoais e profissionais adversas desencadeiam processos de sofrimento social, convenientes ao suicídio, principalmente entre os homens. Na perspectiva de representantes da agroindústria fumageira, os suicídios são atrelados a problemas individuais de saúde, negaceando as possíveis associações entre condições de trabalho, sofrimento e morte. Os extensionistas rurais foram estimulados a participar de processos de diversificação produtiva em áreas de cultivo do tabaco, que contribuíram para desencadear uma crise identitária causadora de sofrimento social entre os fumicultores, dado o combate de sua principal atividade econômica. Os agentes de saúde pública são os mais atuantes na prevenção dos suicídios, mas, fundamentando-se em referenciais fisiológico-psicológicos, nem sempre conseguem desnaturalizar os riscos ocupacionais decorrentes do uso de agrotóxicos e dos processos de dominação e precarização das relações de trabalho na fumicultura. Já autoridades religiosas católicas e luteranas, mesmo entendendo o suicídio como pecado, atuam no acolhimento das famílias e comunidades de fumicultores com vistas à prevenção. Os membros da imprensa regional, subsidiária dos recursos da agroindústria fumageira, adotam como orientação jornalística não noticiar os casos de suicídio, contribuindo com o encobrimento do problema social. Os voluntários da organização não governamental especializada na prevenção, utilizando referenciais psicológicos de escuta solidária, têm dificuldade de alcançar as áreas rurais devido à deficiente infraestrutura de telefonia e do habitus dos fumicultores, de controlar os sentimentos. Conclui-se que, no Vale do Rio Pardo, o problema do suicídio está envolto em um campo de disputas de diferentes práticas e representações, nas quais as instituições sociais envolvidas tentam preservar seus próprios interesses, muitas vezes em detrimento da vida dos fumicultores familiares.por
dc.contributor.advisor1Marin, Joel Orlando Bevilaqua
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2469734454387464por
dc.contributor.referee1Busset, Yvan Droz Dit
dc.contributor.referee1LattesLattes não encontrado.por
dc.contributor.referee2Neves, Delma Pessanha
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/6817817280647580por
dc.contributor.referee3Froehlich, José Marcos
dc.contributor.referee3Latteshttp://lattes.cnpq.br/2717087872404072por
dc.contributor.referee4Zanini, Maria Catarina Chitolina
dc.contributor.referee4Latteshttp://lattes.cnpq.br/4222381114451307por
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0361181931528349por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentAgronomiapor
dc.publisher.initialsUFSMpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Extensão Ruralpor
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIApor
dc.publisher.unidadeCentro de Ciências Ruraispor


Arquivos deste item

Thumbnail
Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International
Exceto quando indicado o contrário, a licença deste item é descrito como Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International