Plantas alimentícias não convencionais: um diálogo formativo com uma turma de sétimo ano do ensino fundamental
Resumo
O Brasil é um dos locais que possui a maior biodiversidade do planeta. Apesar disso, tal riqueza de espécies ainda é desconhecida por grande parte da população urbana. A maioria das espécies vegetais alimentícias cultivadas em larga escala não é nativa do nosso país, e, além disso, precisam de muitos agrotóxicos e fertilizantes para que consigam produzir de forma satisfatória pelo ponto de vista da lógica de mercado vigente. Como alternativas a esse modo de produção desenfreado vêm surgindo movimentos que visam romper com a vida monocultural, focando em produções agroecológicas, onde se busca respeitar os processos naturais do meio ambiente e o resgate do conhecimento acerca das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Este trabalho teve por objetivo investigar se o modelo aplicado de estudo a respeito das PANC pode ser uma alternativa para conduzir a Educação Ambiental na escola. A pesquisa se desenvolveu de forma qualitativa, com a abordagem de relato de experiência. O apoio teórico baseou-se em Marie-Christine Josso (2007), Christine Delory-Momberger (2012), Vandana Shiva (2003) e Valdely Ferreira Kinupp (2007). As oficinas aconteceram com uma turma de sétimo ano de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de Santa Maria/RS, e, apresentaram como foco, a busca de uma alimentação saudável por meio do estímulo a autonomia alimentar através do conhecimento da biodiversidade vegetal urbana do bairro Urlândia. O trabalho apresentou resultados satisfatórios, mostrando que a reflexão e estudos sobre as PANC podem ser aliados na construção da Educação Ambiental na escola.
Coleções
- Educação Ambiental [191]
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: