Zonas mortas na cóclea: considerações teóricas
Resumo
A via auditiva, com funcionamento normal, permite ao ser humano usufruir, de
maneira extremamente ampla, de diferentes situações do dia-a-dia em que há a necessidade de uma boa comunicação oral. Se um indivíduo é portador de perda auditiva, as limitações geradas em sua vida vão depender do tipo e do grau desta perda. Nos casos de perda auditiva neurossensorial ocorre, geralmente, dificuldades com relação ao reconhecimento de fala, sendo que a localização da lesão (células ciliadas internas ou externas da cóclea)
terá influência nas respostas auditivas do indivíduo. As regiões onde as células ciliadas
internas ou neurônio adjacente não se encontram funcionais são denominadas de zonas mortas na cóclea. Assim, a informação gerada pela vibração da membrana basilar nessa região não é transmitida ao sistema nervoso central, porém, um tom com intensidade suficientemente forte pode ser percebido em regiões funcionais próximas a esta zona. Isto acarreta excesso de informações em uma mesma região. A presença ou não de zonas mortas na cóclea tem implicações na adaptação de próteses auditivas e, conseqüentemente, no desempenho do indivíduo principalmente em relação ao reconhecimento de fala, sendo este o objetivo maior do paciente que procura a reabilitação auditiva. O objetivo deste trabalho é
expor o que a literatura esta referindo sobre funcionamento coclear, perda auditiva
neurossensorial, amplificação sonora nestes casos; e finalmente, discutir mais
especificamente sobre zonas mortas na cóclea, estratégias de diagnóstico e implicações da presença ou não de zonas mortas na cóclea no processo de seleção e adaptação de próteses auditivas.
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- Fonoaudiologia [46]