A dimensão social no contexto da extensão rural - concepções dos agentes do Programa de ATES do RS
Resumen
Este estudo tem como objetivo analisar a c oncepção dos agentes do Programa de
Assessoria Técnica Social e Ambiental para assentamentos de reforma agrária (ATES)
no Rio Grande do Sul sobre a dimensão social da ação de extensão rural em
assentamentos de reforma agrária. O campo pesquisado foi o programa de extensão
rural para os assentamentos do de reforma agrária do Rio Grande do Sul, hoje sendo
executado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). As
prestadoras de serviço contratadas são, a Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos
(COPTEC), a Empresa de Assessoria Técnica e Extensão Rural (EMATER) e o Centro
de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP). Também fazem parte do programa
com funções específicas, a Universidade Federal de Santa Marisa (UFSM), Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e Secretaria de Desenvolvimento
Rural do estado do RS (SDR/RS). O método empregado foi a pesquisa documental e
como recurso auxiliar foi realizada entrevista. Na mesma direção da Política Nacional
de Assessoria Técnica e Extensão Rural – PNATER, o programa ATES no RS tem
buscado construir ações com base em preceitos do desenvolvimento rural sustentável a
fim de atender a complexa realidade do espaço rural, e para isto tem buscado além do
estímulo à produção agropecuária, trabalhar com questões sociais e ambientais nos
assentamentos. Para isso tem uma construção sobre a concepção da dimensão social que
vem sendo debatida desde 2009. Constata-se que as entidades executoras tem diferentes
concepções sobre a dimensão social na extensão rural, estas concepções estão
relacionadas aos vínculos, objetivos e missão de cada uma. Ainda expressam
dificuldades em orientar as ações que busquem resultados para além dos quantitativos
de produtividade. A priorização das ações é para as atividades produtivas, mesmo
quando orientadas sobre o prisma da agroecologia, e a fragmentação de ações na área
social, ambiental e produtiva sem definição de prioridades, ainda está presente nas ações
dos técnicos. Acredita-se que para efetivar uma proposta de extensão rural que tenha
esses preceitos, a dimensão social é fundamental e as ações nesta área devem ser
planejadas e executadas de forma que contribuam com a melhoria das condições de vida
das famílias assentadas.
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