Processo criativo: o ambiente e a nossa mente
Resumo
A presente pesquisa busca explorar a relação do ambiente com o processo criativo, a partir de quastões conscientes e incosncientes que permeiam nosso pensamento. A partir dessa abordagem, delimitamos como nosso problema de pesquisa: como o ambiente e os elementos ali presentes influeneciam o processo criativo? Para nos aproximarmos da solução desta indagação, traçamos, como objetivo geral do estudo, a tentativa de compreender se/como o ambiente - aspectos organizacionais, decorativos e utilitários - influencia o processo de criação. Como objetivos específicos, delimitamos: a realização de uma revisão teórica sobre a conceituação do processo criativo, na qual buscamos compreender a relação do lúdico com a liberdade criativa, a partir de, dentre outros autores, Winnicott (1975) e Ostrower (2001); a investigação sobre institucionalização de nossos processos a partir de De Bono (1989) e Berger e Luckmann (1994); e por fim, buscamos a interpretação de como o ambiente físico influencia estimulando, inibindo ou sendo indiferente ao processo criativo. A partir de objetivos tão complexos, optamos pela cartografia como forma de condução da pesquisa. Dessa forma, pudemos construir nosso objeto de forma rizomática, identificando pontos mais ou menos visíveis, e, ainda, as relaçoes entre tais aspectos. A partir da delimitação dos platôs que iríamos percorrer, mapeamos diversas áreas do pensamento, ampliando e ajustando o foco de nosso olhar sobre o objeto sempre que necessário. Como técnicas de coleta de dados, utilizamos a entrevista a criativos, além do registro do ambiente de criação de um dos entrevistados e da participação de um projeto que possibilitou a posterior análise de seu ambiente e do processo criativo ali desenvolvido. A perspectivaque fundamentou nossa pesquisafoi a visão de Winnicott (1975) sobre a necessidade do relaxamento e do brincar sobre o encontro com nossa real personalidade - estado fundamental, de acordo com o autor, ao potencial criativo. A partir desta concepção, pudemos identificar a carência do mercado na questão de proporcionar os aspectos básicos para que o indivíduo possa atingir o máximo do seu potencial, exigido pelas questões mercadológicas. Além disso, pudemos visualizar o espaço físico como um auxiliador ao processo criativo, podendo assim proporcionar diferenter níveis de identificação e bem estar quando en relação ao criativo que neste está inserido. Por fim, pudemos analisar o ambiente como ferramenta capaz de potencializar o estado de criação, podendo oferecer uma atmosfera ideal para o relaxamento e encontro com a personalidade, assim estimulando o desenvolvimento do produto criativo.