Usos e apropriações das tecnologias por sujeitos do movimento hip hop de Santa Maria: reconfigurações nas práticas de resistência, pertencimento e reconhecimento
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2018-03-08Metadatos
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A partir desta investigação buscamos compreender de que forma as tecnologias de informação e comunicação atravessam os processos e práticas do movimento hip hop em Santa Maria/RS. Para a compreensão da relação dos sujeitos do hip hop com as tecnologias, partimos do seguinte questionamento central: como as tecnologias de informação e comunicação são apropriadas por sujeitos do movimento hip hop, de modo a compreender o papel que podem assumir nas práticas de resistência, pertencimento e reconhecimento desse movimento. Então, como objetivo geral, destacamos: investigar as múltiplas apropriações das tecnologias da informação e da comunicação por sujeitos do movimento hip hop em Santa Maria. Para tanto, desenvolvemos os seguintes objetivos específicos: 1) analisar as práticas e processos comunicacionais possibilitados pelo uso das TICS pelos integrantes do movimento hip hop em Santa Maria; 2) investigar como as apropriações das tecnologias participam na constituição de sentidos de pertencimento, reconhecimento e resistência para sujeitos atuantes no movimento hip hop; 3) identificar usos sociais das TICS relacionados ao hip hop no ambiente das redes sociais online. Para tanto, a metodologia desta investigação parte de uma perspectiva transmetodológica (Maldonado, 2015), composta por métodos mistos e múltiplos advindos de várias áreas do conhecimento. Assim, os procedimentos metodológicos são: observação participante, observação online, diário de campo e entrevistas semiestruturadas. A partir da investigação conseguimos compreender que as tecnologias podem ter grande potencial nas práticas de resistência, reconhecimento e pertencimento dos sujeitos do hip hop. Ainda que sejam tecnologias com regras pré-determinadas, os sujeitos conseguem subverter a ordem dominante e apropriar-se para interesses próprios, seja para divulgação de trabalhos, reconhecimento identitário, destaque para identidade negra e feminina, visibilidade de questões sociais como racismo, machismo, preconceito e violência policial. Além disso, percebemos também que facilitam os processos de organização dos eventos do hip hop, bem como a aproximação de sujeitos que compõem o cenário do hip hop de Santa Maria/RS. Por fim, concebemos que os usos e apropriações das tecnologias pelos interlocutores do hip hop ampliam os espaços para as manifestações político culturais do movimento, mas não apagam a importância do cenário urbano para a manutenção e consolidação do hip hop como movimento de resistência social.
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