ATP como modulador do sistema purinérgico e inflamação e status redox em pacientes com melanoma
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2019-09-16Metadatos
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O melanoma é um tipo de câncer de pele, formado nos melanócitos, células produtoras do pigmento melanina. Os melanócitos da epiderme são os locais mais comuns de origem, porém também podem se desenvolver em melanócitos do olho, das superfícies mucosas, das vias respiratórias, nas superfícies geniturinárias e gastrointestinais. É uma das neoplasias conhecidas mais agressivas, com elevada capacidade de proliferação, estímulo da angiogênese, comprometimento dos sucessivos níveis da derme e geração de metástases, por via linfática ou hematogênica. A frequência de novos casos aumenta a cada ano e a incidência é crescente, especialmente na população jovem da região Sul do Brasil, tornando-se um importante problema de saúde pública. Sendo assim, tendo em vista de que a sinalização purinérgica, resposta inflamatória e o estresse oxidativo são importantes vias que influenciam a iniciação, a progressão e o desenvolvimento de melanomas e considerando que a região geográfica de estudo escolhida tem alta prevalência, este estudo teve por objetivo avaliar os efeitos do ATP no sistema purinérgico, marcadores inflamatórios e status redox in vivo e in vitro para elucidar as alterações do microambiente tumoral e entender a fisiopatologia do melanoma, ao passo que podem justificar a alta agressividade deste tipo de câncer. Este trabalho consistiu em coleta de sangue venoso de pacientes com melanoma antes e após procedimento cirúrgico de retirada do tumor e um grupo de pacientes controles da pesquisa e prodeceram-se análises in vivo e cultivo das (células polimorfonucleares do sangue periférico) PBMC destes pacientes. Foram realizadas análises enzimáticas, quantificação de nucleotídeos, dosagem de parâmetros inflamatórios e oxidativos e cultura PBMC. Foram utilizadas diferentes concentrações de ATP nas analises in vitro: 0,05 a 50 uM de ATP por 24 e 48 horas. Quanto aos aspectos éticos, o presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal da Fronteira Sul, sob o parecer número 822.782. Os resultados encontrados demonstraram que os pacientes com melanoma após remoção cirúrgica apresentaram uma diminuição da hidrólise dos nucleotídeos. Em contraste, os pacientes pré cirurgia ou sem nenhum tratamento tiveram um aumento das hidrólises de ATP, ADP e AMP. Tais alterações estariam promovendo um aumento de ATP extracelular, o qual foi confirmado pela sua quantificação no soro dos pacientes. Além disso, os pacientes com melanoma após remoção cirurgica do tumor apresentaram um ambiente inflamatório descompensado, evidenciado pelo aumento das interleucinas IL-2, IL-4, IL-6, TNF, IFN-Y, IL-17A, IL-10 e aumento da atividade da adenosina desaminase (ADA). Em relação aos parâmetros de estresse oxidativo, foi observado uma diminuição dos danos oxidativos e um aumento das defesas antioxidantes após o processo cirúrgico, confirmando a efetividade do processo cirúrgico para lesões localizadas. Nossa hipótese principal gera em torno dos efeitos sinalizadores, imunossupressores e oxidante do ATP extracelular, tanto nas análises in vivo, quanto in vitro. Concluímos através desta tese que o ATP é uma importante mólecula envolvida no processo de melanomagênese e progressão tumoral podendo servir como um marcador progóstico. Dessa forma, através do controle dos seus níveis nas células, pode-se melhorar o prognóstico para pacientes acometidos por esse câncer de alta letalidade e agressividade.
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