Avaliação da aprendizagem: análise de concepções de futuros professores de Matemática na perspectiva da teoria da aprendizagem significativa
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Data
2019-12-17Primeiro coorientador
Garcia, Isabel Krey
Primeiro membro da banca
Ferreira, Marcello
Segundo membro da banca
Noguti, Fabiane Cristina Höpner
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Considerando que o tema Avaliação da Aprendizagem Significativa é pouco explorado no processo de formação docente do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) propôs-se a investigar como se apresentam as concepções sobre avaliação da aprendizagem no contexto da formação inicial de professores de matemática e de que forma podem contribuir para práticas fomentadoras de aprendizagens significativas. O trabalho é caracterizado como um estudo de caso, exploratório, cujos dados obtidos foram analisados de forma qualitativa, por meio de três instrumentos investigativos: questionário inicial, mapas conceituais e relatórios, respectivamente respondidos e elaborados por professores em formação inicial, na disciplina de Estágio Supervisionado II, do curso de Licenciatura em Matemática da UFSM. Baseada principalmente na Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) de Ausubel (1980), a pesquisa busca subsídios também nas Teorias Implícitas de Pozo (2006, 2002) e na Teoria da Educação de Novak (1984; 2000). A análise do questionário de dilemas (POZO, 2006) identificou o perfil Construtivo para o público envolvido na pesquisa. Isto é, o futuro professor tem ciência de que a aprendizagem se dá por construção, porém como concebe a avaliação para esse tipo de aprendizagem? Nesta etapa, fez-se necessário propor a elaboração de mapas conceituais (NOVAK, 2000), cujas análises identificaram a ausência de relações conceituais envolvendo o conceito Avaliação, na estrutura cognitiva desses futuros professores. Por fim, os relatórios de estágio analisados evidenciam um reconhecimento acerca da importância de se avaliar durante o processo do ensino, contudo esse reconhecimento se perde na etapa do planejamento para a prática. Na perspectiva da TAS, a triangulação destes dados indica que a ausência do conceito subsunçor avaliação na estrutura cognitiva dos acadêmicos impede que sejam construídas novas relações conceituais que envolvam o ensino, a aprendizagem, o currículo, o contexto e a avaliação. Por fim, a entrevista semiestruturada com três docentes do curso de Licenciatura em Matemática da UFSM indica uma grande preocupação e comprometimento com o tema avaliação da aprendizagem, apesar de ser trabalhado apenas na fase final do currículo. Conclui-se que a presente pesquisa permitiu identificar indícios de que os professores em formação inicial podem estar em uma fase de transição de suas concepções e suas práticas, de acordo com o referencial adotado, pois grande parte não manteve em seus relatos de atividades práticas as mesmas impressões passadas nos questionários e nos mapas conceituais. Essa fase de transição é oportuna para a formação de conceitos subsunçores necessários para relacionar teoria e prática com vistas a avaliação de aprendizagens significativas.
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