Efeitos da hibridização no pseudogap em um modelo de Hubbard d-p
Visualizar/ Abrir
Data
2019-08-30Primeiro membro da banca
Bernhard, Ben Hur
Segundo membro da banca
Vieira, Valdemar das Neves
Terceiro membro da banca
Dorneles, Lucio Strazzabosco
Quarto membro da banca
Schmidt, Mateus
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Neste trabalho, é realizada uma investigação dos efeitos da hibridização com diferentes
simetrias nas propriedades normais e supercondutoras de um modelo Hubbard d-p.
O modelo de Hubbard d-p é uma variação do modelo proposto por Hubbard para descrever
sistemas de elétrons fortemente correlacionados. Esse modelo foi proposto para descrever
materias com diferentes tipos de bandas. Uma banda estreita associada a elétrons com
pouca mobilidade e outra banda mais larga. A mistura destas duas bandas pode gerar
comportamentos interessantes para o sistema. A variação de um parâmetro externo como
a pressão ou a dopagem, pode levar o sistema de um estado metálico a um estado isolante,
ou até mesmo, a um estado supercondutor. A hibridização entre as bandas depende desses
parâmetros, como por exemplo, a pressão externa. A simetria da hibridização também
é importante quando analisamos as propriedades normais e supercondutoras do sistema.
Neste trabalho, consideraremos uma simetria isotrópica, ou seja uma simetria s, uma simetria
de onda s-estendida e uma simetria de onda do tipo dp. O objetivo é estudar como
essas diferentes simetrias influenciam no comportamento do estado normal e do estado
supercondutor do modelo. O modelo é estudado através da técnica das funções de Green
em conjunto com uma aproximação de n-polos para as funções de Green. A aproximação
de n-polos permite investigar o comportamento de um pseudogap na densidade de estados,
como aquele observado nos supercondutores cupratos. Os cupratos apresentam um
comportamento anômalo na fase normal onde há presença de um pseudogap que pode
ser observado na densidade de estados. O pseudogap tem sido muito investigado com o
propósito de tentar entender os mecanismos da supercondutividade nesses sistemas. Os
resultados obtidos mostram que o pseudogap depende da simetria da hibridização, sendo
favorecido pela simetria dp e desfavorecido pela simetria s-estendida. Esse resultado pode
ser entendido através da análise da função de correlação spin-spin, que pode ser associada
a correlações antiferromagnéticas. Realizou-se também um estudo da topologia da
superficie de Fermi mostrando a ocorrência de uma transição de Lifshitz quando o sistema
entra em um regime de correlações fortes. Observou-se que a transição de Lifshitz
depende de diferentes parâmetros do modelo como a interação coulombiana e a hibridização,
e é influênciada também pela simetria da hibridização.
Coleções
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: