Questões de gênero no universo discente: narrativas (auto) biográficas como dispositivos de formação
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Data
2018-08-08Primeiro membro da banca
Gonçalves, Rita de Cássia
Segundo membro da banca
Ribeiro, José Iran
Metadata
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O presente trabalho pretende apresentar os resultados de uma pesquisa
realizada sobre a temática gênero (história das mulheres), através da perspectiva
discente, com uso de narrativas (auto) biográficas, enquanto metodologia para o
Ensino de História. Para isso, visou-se conhecer as concepções que os estudantes
possuem sobre as questões de gênero em seu cotidiano, inclusive o escolar.
Apresentou-se como referencial teórico-metodológico a Educação Histórica,
(RÜSEN, 2001, 2007a, 2007b, 2015), Pesquisa-Formação (JOSSO, 2010), fato
biográfico, heterobiografia e autobiografia (MOMBERGER, 2008). Em relação às
Questões de Gênero, esta investigação analisa as ideias desenvolvidas na
elaboração de narrativas (auto) biográficas a partir do referencial de que gênero são
constructos discursivos performativos (BUTLER, 2003), evidenciadas em relações
de poder heteronormativas inseridas em sociedades andronormativas. (HOWES
NETO, 2017). O público alvo foi uma turma de oitavo ano, do ensino fundamental, de
uma escola estadual do município de São Gabriel, RS. Utilizaram-se narrativas
(auto) biográficas enquanto método em pesquisa qualitativa, para posterior exame
das concepções dos estudantes em relação às questões de gênero. Nesse ínterim,
promoveram-se discussões sobre vivências que envolvessem violência contra as
mulheres na cidade de São Gabriel, isso comparado com as condições das
mulheres no período da mineração, século XVIII. Muitas das narrativas
apresentadas pelos estudantes refletem visões de uma sociedade machista,
misógina e vivências bastante impactantes em relação ao tema. As narrativas (auto)
biográficas foram escolhidas porque possibilitam maior autonomia em relação ao
conhecimento de si, assim como o diálogo entre o presente-passado por meio da
interação entre as construções sociais de gênero que envolvem o cotidiano e os
conteúdos de história do referido ano, em um horizonte que trabalhe práticas
educacionais que incentivem a liberdade e autonomia estudantis.
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