Prognose para populações de angico vermelho (Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan) via exploração jardinada por produtoras de sementes
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Data
2019-08-30Primeiro coorientador
Seidel, Enio Júnior
Primeiro membro da banca
Mateus, Ana Lúcia Souza Silva
Segundo membro da banca
Fortes, Fabiano de Oliveira
Terceiro membro da banca
Scalon, João Domingos
Quarto membro da banca
Martins, Valéria Forni
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O regime de alto fuste jardinado é um sistema de manejo florestal, baseado em intervenções de corte
seletivo de árvores com a finalidade de produção contínua. Todas as propriedades rurais podem
desenvolver esse tipo de sistema em áreas de reserva legal. Sendo assim, o objetivo principal desta tese
foi simular um cenário que beneficie a condução de populações de P. rigida a fim de que a distribuição
espacial dos propágulos seja direcionada a locais determinados e consequentemente beneficie o
crescimento dos regenerantes naturais. As populações analisadas estão inseridas em fragmentos de
floresta estacional decidual secundária no Bioma Mata Atlântica/RS. A espécie com dispersão
anemocórica utilizada é o angico-vermelho (P. rigida). A escolha desta espécie é justificada, devido seu
potencial de desenvolvimento e incremento, com possibilidade de extração de madeira nobre e
resistente. Logo, as perguntas que orientaram este projeto de tese, levando em consideração o espaço e
o tempo de monitoramento, foram: 1°) De que forma as sombras de propágulos se comportam ao entorno
da fonte? 2º) Quais espécies interferem na distribuição espacial de propágulos e regenerantes naturais?
Para obter tais respostas foram utilizadas estatísticas: (i) clássica (probabilidade de eventos) e (ii)
espacial (semivariogramas, krigagem indicadora e processo pontual marcado). No Software AutoCAD
(2020) foram confeccionadas projeções ortogonais para visualização dos eventos. Os resultados com as
ferramentas utilizadas foram capazes de identificar o padrão de dependência espacial e inferir quais
espécies prejudicam a queda de semente no solo e o desenvolvimento da regeneração natural. Logo,
espécies com copas perenes e folhagem densa abaixo das fontes de propágulos de P. rigida prejudicam
a queda de propágulos no solo, sendo esse tipo de copa um marcador de dependência espacial e
ineficiência no momento da dispersão. As principais dissociações espaciais para com os regenerantes
naturais (população P. rigida) foram com as espécies de: Cedrela fissilis, Nectandra megapotamica e
Quillaja brasiliensis. Destaca-se a plausibilidade biológica, incluindo as inferências de que para a
distribuição espacial da espécie de P. rigida ser direcionada a um lugar intencional é necessário que
ocorra cortes pontuais de algumas espécies de N. megapotamica e Quillaja brasiliensis; e após o corte
de alguns desses indivíduos haverá abertura de clareiras beneficiando não só a população de P. rigida ,
mas espécies como Alchornea triplinervia, Allophylus edulis, Enterolobium contortisiliquum, e Quillaja
brasiliensis. Estas passarão a ser as principais competidoras devido a características ecológicas.
Portanto, conservar a floresta em pé não significa ignorar os recursos que ela tem a oferecer, mas utilizálos
de maneira racional; observando o cenário atual para planejar o cenário de produção seguindo o
proposto no roteiro de prognóstico.
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