Produção do tomateiro: frequências de colheitas e composição de parcela
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Data
2019-02-25Primeiro membro da banca
Boligon, Alexandra Augusti
Segundo membro da banca
Haesbaert, Fernando Machado
Terceiro membro da banca
Lorentz, Leandro Homrich
Quarto membro da banca
Toebe, Marcos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O tomateiro (Solanum lycopersicum L.) apresentam produção fracionada de frutos e por isso
conhecido como uma espécie de múltiplas colheitas. A descrição da produção do tomateiro por
modelos matemáticos em função das múltiplas colheitas pode prever importantes características
na comparação de cultivares e técnicas de produção. Porém, o excesso de unidades
experimentais com produção nula em ensaios experimentais garantem elevada variabilidade
dos dados e, como consequência, frequentemente não apresentam aderência aos pressupostos
de homogeneidade de variâncias, de independência e distribuição gaussiana dos resíduos,
dificultando a análise estatística baseadas nesses pressupostos. Algumas medidas para reverter
o efeito da elevada heterogeneidade dos dados podem ser por meio de alteração de parcelas
compostas por médias de plantas, alteração das frequências fixas de colheitas ou agrupamento
da produção de colheitas sucessivas. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito da frequência
de colheitas e composição de parcelas nas estimativas de dois modelos não-lineares destinados
ao ajuste da produção de tomate e da produção acumulada de tomate de três cultivares. As
cultivares Cordillera, Gaúcho e Janaína foram avaliadas em duas composições de parcelas
(média de cinco plantas e de sete plantas) e medidas em duas frequências constantes de colheitas
(a cada três dias e a cada seis dias). Os dados da produção de tomate (kg planta-1) foram obtidos
por meio de ensaios experimentais a campo e em planejamento longitudinal com medidas
repetidas no tempo, no departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria,
Rio Grande do Sul. Inferências importantes para comparação de cultivares, como a produção
máxima e período de ocorrência dessa produção foram estimadas pelo modelo não-linear de
Wood. Outras características como precocidade, taxa de produção e produção total foram
obtidas por meio do ajuste da produção acumulada de tomate ao modelo de crescimento
Logístico. Para a estimativa dos parâmetros desses modelos foram utilizados a metodologia
indicada para modelos de efeito misto não-lineares. A heterocedasticidade dos dados foi
adequadamente revertida por meio da modelagem da variância em função da variável
dependente, e a dependência das medidas no tempo observada para a produção acumulada de
tomate foram corrigidas pela matriz autorregressiva de primeira ordem. Parcelas compostas por
média de sete plantas apresentaram menor variabilidade da produção de tomate, independente
da cultivar. A menor variabilidade também foi observada para colheitas realizadas em maior
frequência. As estimativas do ponto de inflexão e da taxa de produção de tomate obtidas pelos
parâmetros do modelo Logístico foram significativamente influenciadas pelo número de plantas
que compõem a parcela. Na estimativa de produção final frequência de colheita e composição
de parcela não tiveram efeitos significativos. A produção máxima de tomate estimada pelo
modelo Wood foi afetada pela frequência de colheita e o momento em que essa produção
máxima ocorreu foi alterada pela composição da parcela dependendo da cultivar.
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