Modelo preditivo de suscetibilidade a escorregamentos planares no rebordo do planalto, entre Santa Maria e Candelária - RS, utilizando o método do valor informativo
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Date
2019-09-13Primeiro coorientador
Bateira, Carlos Valdir de Menezes
Primeiro membro da banca
Werlang, Mauro Kumpfer
Segundo membro da banca
Trentin, Romario
Terceiro membro da banca
Guareschi, Vinícius Duarte
Quarto membro da banca
Cruz, Rafael Cabral
Metadata
Show full item recordAbstract
Os movimentos de massa são movimentações que ocorrem ao longo de uma vertente
envolvendo o deslocamento de materiais (solos e/ou rochas), por gravidade, com ou sem a
presença de água. Na região central do Rio Grande do Sul, na porção geomorfologicamente
conhecida como “Rebordo do Planalto”, são comuns os processos de movimentos de massa do
tipo escorregamentos e fluxos de detritos. Desta forma, o objetivo geral desta pesquisa é
elaborar um modelo preditivo de suscetibilidade a escorregamentos planares para o Rebordo do
Planalto entre os municípios de Santa Maria e Candelária, RS, utilizando o método do Valor
Informativo. Para tanto, foi elaborado um inventário dos escorregamentos, inicialmente
identificando em imagens de satélites as cicatrizes e posteriormente confirmando nos trabalhos
de campo, totalizando 61 movimentos. Foram também utilizadas imagens ALOS PALSAR para
elaborar uma série de mapas temáticos (hipsometria, declividade, orientação de vertente,
curvatura em plano e perfil, direção de fluxo e TWI), além de dados disponibilizados pelo IBGE
e CPRM (para os mapas de geomorfologia, geologia e solos), na intenção de gerar um modelo
que melhor predissesse os escorregamentos planares na área de estudo. Para a geração dos
modelos, utilizou-se o método do Valor Informativo. Constatou-se, a partir de testes de
sensitividade, que a declividade possui grande influência nos escorregamentos planares da área
de estudo, seguida do TWI (Topographic Wetness Index), geomorfologia e hipsometria. Foram
elaborados quatro modelos testes, com diferentes combinações de temáticas, e percebeu-se que
uma combinação com maior número de variáveis retornou melhores resultados (taxa de sucesso
e predição). O modelo final (modelo 4) utilizou-se das seguintes variáveis: declividade,
geomorfologia, TWI, hipsometria, direção de fluxo, orientação de vertente e solo, resultando
em 95% de taxa de sucesso e 92% de predição. O modelo foi dividido em cinco classes de
suscetibilidade, sendo que com o grupo de estimação (utilizado na construção do modelo), as
duas classes de maior suscetibilidade conseguiram prever 90,9% dos escorregamentos, e com
o grupo de validação, 79,2%. Sendo assim, percebe-se que o método do Valor Informativo foi
bastante efetivo para prever os movimentos de massa do tipo escorregamento planar, na área
do Rebordo do Planalto do Rio Grande do Sul, sendo que notou-se uma grande importância da
realização do inventário, além das saídas de campo. Também pôde-se perceber que apesar do
melhor resultado com o maior número de variáveis, esta melhora não foi tão expressiva,
demonstrando que por vezes um menor número de temáticas pode retornar um resultado quase
tão efetivo quanto com a utilização de um grupo maior.
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