Efeito analgésico do tratamento com cloreto de amônio 2% e acetaminofeno associado à fenilbutazona em equinos
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Fecha
2020-09-04Primeiro coorientador
Brass, Karin Erica
Primeiro membro da banca
Pozzobon, Ricardo
Segundo membro da banca
Soares, André Vasconcelos
Terceiro membro da banca
Azevedo, Marcos da Silva
Quarto membro da banca
Pereira, Roberta Carneiro da Fontoura
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O manejo da dor crônica é um fator de grande importância dentro da medicina veterinária
por estar relacionado com o bem-estar dos animais. A claudicação crônica de origem no
casco é um problema frequente dentro da clínica de equinos e o seu tratamento apresenta
diferentes índices de sucesso. Os compostos neurolíticos possuem ação similar à
neurectomia, porém permitem que os animais mantenham seu sistema fisiológico de defesa
com menos efeitos colaterais. Contudo, estes fármacos perderam credibilidade quanto ao
seu emprego pelo uso incorreto. Acreditava-se, equivocadamente, que estes produtos
atuavam de forma similar aos anestésicos locais. Desta forma, a primeira parte deste
trabalho foi dividido em duas etapa. A primeira etapa consisitu da avaliação objetiva do
efeito analgésico do cloreto de amônio 2 % (CA2%) em diferentes casos de claudicações
crônicas ligadas ao casco (aparelho podotroclear, n=5; aparelho podotroclear associado à
articulação interfalangena distal, n=6; articulação interfalangeana distal, n= 2; laminite, n=1;
e dor solear, n=1) por um período de 62 dias. A injeção perineural do CA2% no nervo digital
palmar foi capaz de induzir uma melhora parcial a completa na claudicação, sendo
observados melhores resultados nos dias 12 e 19 após o tratamento. Observou-se que
lesões radiográficas de moderada a severa do osso navicular e articulação interfalangeana
distal podem interferir negativamente na eficácia do CA2%. Posteriormente, a segunda
etapa, avaliou-se a neurotoxicidade do CA2% para melhor entendimento do mecanismo de
ação deste composto. Assim, 18 e 6 nervos digitais palmares foram tratados com CA2% e
com solução fisiológica respectivamente, para posterior coleta por neurectomia seguida da
avaliação histológica. O CA2% induziu degeneração Walleriana de moderada à severa até
62 dias após o tratamento, similar ao observado nos nervos tratados com solução
fisiológica. A injeção perineural com CA2% não apresentou interferência em neurectomias
futuras. Os resultados reforçam que o CA2% demonstra ser uma opção terapêutica útil e
segura para o manejo da dor crônica ligada ao casco em equinos. A analgesia multimodal,
por sua vez, é uma importante técnica de manejo da dor crônica e apresenta menores
índices de efeitos colaterais quando comparada com a utilização de um medicamento para a
mesma finalidade. Dessa forma, a terceira parte deste estudo avaliou o efeito analgésico e a
toxicidade do acetaminofeno (AC, 20 mg Kg-1) associado à fenilbutazona (FBZ, 2.2 mg Kg-1)
sobre a claudicação com origem no casco induzida por cintas metálicas. Pôde-se observar,
baseado na diferença da intensidade da claudicação, que a associação de AC com FBZ
apresentou um potencial analgésico total superior ao tratamento com AC (p=0.008), FBZ (p=
0.0117) e o grupo controle (p<0.0001). A associação de AC com FBZ, duas vezes ao dia,
por 14 dias não apresentou alterações significativas dos parâmetros hematológicos e
bioquímicos quando comparados aos valores de referência. Estes dados reafirmam o
potencial analgésico do acetaminofeno associado com a fenilbutazona para o manejo da dor
em equinos. Estudos futuros sobre a ação do acetaminofeno, associado ou não a outros
fármacos, em diferentes modelos experimentais ou clínicos, se fazem necessários antes da
recomendação na rotina clínica.
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