Avaliação da sustentabilidade de sistemas de vedação estrutural com e sem coprodutos da extração de pedra ametista
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Data
2020-07-31Primeiro membro da banca
Mancio, Mauricio
Segundo membro da banca
Silva, Maristela Gomes da
Terceiro membro da banca
Wolff, Delmira Beatriz
Quarto membro da banca
Grigoletti, Giane de Campos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A extração de gemas preciosas que por mais de 30 anos transformou a região de Ametista do
Sul, noroeste do estado do Rio Grande do Sul, no polo mundial, produtor da pedra ametista,
possui nos resíduos do garimpo um passivo ambiental. A cooperativa de garimpeiros
COOGAMAI, conta com o registro de mais de 220 garimpos em atividades que geram
mensalmente mais de 25 mil toneladas de resíduos. Uma parcela não significativa desse
material é comercializado, enquadrando-se no conceito de um coproduto, enquanto a maior
parte demanda locais adequados para disposição. Atendendo a esse cenário, o objetivo
centrou-se em verificar o potencial econômico e ambiental da substituição de agregados como
areia e brita pelo coproduto em comparações de nove composições de 1 m² de parede
estrutural de vedação externa em concreto moldado no local, alvenaria estrutural em blocos de
concreto e alvenaria estrutural em blocos cerâmicos, frente as metodologias da ACV e CCV,
do berço ao túmulo. Os resultados ambientais na ACV indicam que as paredes em alvenaria
estrutural, tanto em blocos de concreto, quanto cerâmicos, são ambientalmente mais eficientes
que em concreto moldado no local. O coproduto da extração da pedra ametista apresenta
contribuições significativas nas reduções dos impactos ambientais, quando ocorrem
substituições totais, a exemplo do cenário P06 com reduções de 16% no aquecimento global
ou 41% para formação de material particulado. A parede de concreto moldado no local P09,
com 100% de coproduto ametista também apresentou reduções de 17% na depleção do ozônio
ou 10% na depleção fóssil. As composições econômicas da CCV, indicam que paredes de
concreto moldado no local são 35% menos onerosas, em média, se comparadas às paredes de
alvenaria estrutural. A análise global de sustentabilidade econômica e ambiental, permitiu
identificar a contribuição do coproduto da pedra ametista, com reduções próximas de 5%
entre cenários da mesma tipologia construtiva e diminuição de 20% no cenário P09, elencado
como o melhor desempenho, frente às paredes de alvenaria estrutural. Sobretudo, o emprego
de coproduto da extração de pedra ametista, apresenta condições para substituição dos
agregados naturais, mesmo que em proporções parciais. Com isso, torna-se uma fonte de
renda alternativa para a cadeia local, o que, dentro de uma economia circular, ao mesmo
tempo garante uma solução eficiente para o destino correto dos resíduos da extração de pedras
preciosas.
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