Avaliação dos efeitos topográficos e direcionais sobre os índices de vegetação na definição de zonas de manejo em povoamentos de pinus no sul do Brasil
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Data
2021-08-25Primeiro membro da banca
Galvao, Lenio Soares
Segundo membro da banca
Moura , Yhasmin Mendes de
Terceiro membro da banca
Trentin, Romario
Quarto membro da banca
Silva, Ricardo Dal'Agnol da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A aplicação de dados de sensoriamento remoto representa uma alternativa eficiente para o monitoramento de povoamentos florestais. No entanto, na maior parte das aplicações, não são consideradas as fontes de incerteza radiométrica associadas aos dados. Este estudo tem como objetivo analisar a influência de variações das geometrias de iluminação e visada no delineamento de zonas de manejo em povoamentos florestais de Pinus. A influência do efeito topográfico foi analisada com uso de uma série multitemporal de imagens MSI/Sentinel-2/B e OLI/Landsat-8, sendo definidas três datas amostrais para cada conjunto, visando contemplar as variações sazonais da geometria de iluminação local. As análises consistiram na elaboração de gráficos e análises de correlação e regressão linear entre as medidas de reflectância, índices de vegetação e as condições de iluminação do dossel. A análise da influência dos efeitos direcionais na resposta dos povoamentos florestais foi realizada com uso de medidas de reflectância do sistema sensor MODIS. Seis pares de datas consecutivas com direções de visada opostas, definidos de forma a considerar as variações sazonais da geometria de iluminação local, foram utilizados para as análises gráficas e estatísticas. A análise da sensibilidade dos índices de vegetação foi realizada por análise de variância. O delineamento das zonas de manejo foi realizado com a classificação do vigor vegetativo, ao nível de talhão de cultivo, em abaixo, dentro e acima do esperado. Sendo realizada com uso mapas de vigor vegetativo, obtidos a partir dos valores médios anuais do índice EVI, calculado com uso de medidas de reflectância das imagens MSI/Sentinel-2A/B, corrigidas para o efeito topográfico. Os resultados obtidos mostraram que as variações sazonais da geometria de iluminação local, associadas ao relevo da área de manejo, afetam de forma significativa as aquisições de medidas de reflectância e o cálculo de índices de vegetação do dossel. Sendo os dados do sensor OLI os mais afetados. A correção topográfica mostrou-se efetiva para a atenuação desse efeito, em ambos os tipos de dados. A análise dos efeitos direcionais mostrou que a resposta do dossel é significativamente influenciada de acordo com a direção de visada das observações. Os dados obtidos a partir de observações na direção do retroespalhamento apresentaram valores mais elevados, enquanto que na direção do espalhamento frontal apresentaram a menor resposta. Sendo estas oscilações de valores encontradas até em observações com ângulo zenital de visada inferiores a 10°. Dentre os índices de vegetação analisados, o EVI, quando calculado a partir de medidas de reflectância corrigidas para os efeitos topográficos e direcionais, foi o que apresentou o melhor desempenho para a análise do vigor vegetativo do dossel. A análise da influência dos efeitos topográfico e direcionais no delineamento de zonas de manejo mostrou que estes, quando não considerados, podem interferem de forma significativa na estimativa do vigor vegetativo dos cultivares, produzindo classes pouco representativas das reais taxas de crescimento dos cultivares. No entanto, a influência desses efeitos mostrou-se variável de acordo com o índice de vegetação utilizado, sendo no EVI, mais acentuada do que nos índices NDVI e WDRVI.
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