Estratégias para mitigar as emissões de óxido nitroso e aumentar a eficiência de uso do nitrogênio de dejetos líquidos de suínos injetados no solo
Fecha
2021-07-29Primeiro membro da banca
Schirmann, Janquiele
Segundo membro da banca
Miola, Ezequiel Cesar Carvalho
Terceiro membro da banca
Giacomini, Sandro José
Quarto membro da banca
Pujol, Stefen Barbosa
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A injeção dos dejetos líquidos de suínos (DLS) em subsuperfície é uma alternativa eficiente
para reduzir as perdas de N via volatilização de amônia. Porém, esse modo de uso dos DLS
potencializa a formação de N2O, potente gás de efeito estufa. O objetivo deste estudo foi avaliar
estratégias de uso de DLS para aumentar a eficiência de uso de N e mitigar as emissões de N2O
em sistema plantio direto com sistema de cultivo bianual (milho-trigo). O experimento foi
conduzido em Argissolo Vermelho, sob clima subtropical por 3 anos com delineamento
experimental de blocos ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram: sem fertilizante
(Controle), ureia (U) e DLS aplicado na superfície do solo (DLSs), DLS injetado na
subsuperfície na pré-semeadura (DLSi) (tratamento de referência) e três estratégias de uso do
DLS: 50% de N via DLS injetado na pré-semeadura + 50% aplicado na superfície na adubação
de cobertura (DLSi+DLSs), 50% de N via DLS injetado na pré-semeadura + 50% de N via
ureia aplicado na superfície na cobertura (DLSi+U) e, 50% de N via DLS + dicianodiamida
(DCD) injetada na pré-semeadura + 50% de N via ureia aplicada na superfície na cobertura
(DLSi+DCD+U). As emissões de N2O foram avaliadas através do método das câmaras estáticas
durante dois anos e a determinação de produtividade de grãos e matéria seca foram
determinadas durante três anos. As estratégias de uso de DLS (DLSi+DLSs, DLSi+U e
DLSi+DCD+U) reduziram a disponibilidade de nitrato no solo e reduziram a emissão de N2O
em 10, 36 e 64% e 53, 59 e 72% no ano 1 e 2, respectivamente, comparado ao DLSi. A estratégia
mais eficiente em reduzir a emissão de N2O foi a DLSi+DCD+U, que reduziu o fator de emissão
de N2O (FE) de 2,56 e 2,13% no tratamento DLSi para 0,87 e 0,51% no ano 1 e 2,
respectivamente, resultando em FEs inferiores ao valor definido pelo Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (IPCC) (1%). O DLSi+DLSs e o DLSi+U não diferiram quanto ao
rendimento de grãos e eficiência agronômica de uso do nitrogênio (EAN) quando comparados
ao DLSi, no milho e no trigo. O DLSi+DCD+U aumentou a produtividade de grãos de milho
(+1.7 Mg ha-1) e trigo (+0.9 Mg ha-1), a EAN de milho (+7.7 kg grão kg-1 N) e trigo (+4.2 kg
grão kg-1 N) e a recuperação aparente do N (RAN) do trigo (+21.9%) comparado ao DLSi. Nos
dois anos e em ambas as culturas, o yield scaled foi menor nas estratégias DLSi+DLSs, DLSi+U
e DLSi+DCD+U, do que no DLSi, com exceção do trigo no ano 1. Nossos resultados indicam
que a estratégia que teve a menor emissão de N2O e o melhor incremento na produtividade de
grãos foi a DLSi+DCD+U, que teve um yield-scaled em média 72% menor que o DLSi, sendo
esta a melhor estratégia de uso dos DLS dentre as avaliadas.
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